A partir desta segunda-feira (25), as cidades de SC começam a receber doses de outra vacina, a de Oxford. As cerca de 47 mil doses enviadas pelo governo federal chegaram ao Estado neste domingo e serão repassadas agora aos municípios. As quantidades de cada cidade ainda não foram divulgadas.
Por conta disso, muitos municípios já terminaram de vacinar a população poucos dias após receberam as primeiras doses. Somente 15 cidades de SC obtiveram mais de 1 mil doses neste primeiro lote. Entre elas estão as 13 maiores do Estado. Joinville, a maior delas, teve acesso a 5,6 mil doses, e a capital Florianópolis, 4,9 mil.
– Nos municípios da região, todos tinham expectativa maior. Foi um baque. A população também nos procura porque vê a mídia falar da vacinação, mas temos que explicar que neste momento é apenas para profissionais de saúde, e também que há poucas doses – conta a secretária de Saúde de Painel, Sirlei Andrade Lopes Neves.
– O que veio era um terço do que esperávamos. Para atender os demais profissionais de saúde, precisaríamos de mais umas 25 doses pelo menos – conta.
Em São Paulo, que teve a maior quantidade de doses do país por ter também a maior população, as vacinas ainda estavam sendo distribuídas ao longo de toda a última semana. Mesmo assim, na primeira remessa enviada, em que a capital teve acesso a 203 mil doses, houve municípios como São Lourenço da Serra, de 15 mil habitantes, que recebeu 120 imunizantes.
O mesmo critério de distribuir proporcionalmente conforme os preferenciais desta primeira fase foi estabelecido pelo Estado para dividir os imunizantes entre os municípios. Assim, em média, cada cidade recebeu o suficiente para aproximadamente um terço dos profissionais de saúde. Vale lembrar que o Estado já reservou metade da carga inicial de 144 mil vacinas recebida para assegurar a segunda dose aos que estão sendo vacinados agora.
– Durante esse fim de semana devemos receber mais 6,8 milhões de doses. De novo, vai se distribuir e talvez você consiga contemplar um pouco mais ainda desse primeiro grupo – pontua.
– O cenário é de que devemos ter seis semanas de vacinação ainda pequena, pingada, para grupos muito específicos de maior risco, com pouco impacto nos indicadores de número de casos novos. E daqui a cerca de seis semanas a gente vai passar para cinco, seis meses de bastante vacinação, com a doença mudando de patamar, mais controlada depois disso – projeta o especialista.
Uma das possibilidades é um novo lote de 4,8 milhões de doses da CoronaVac que foi fabricado pelo Instituto Butantan e já está envasado e pronto para entrega. Por ser sido produzido no Brasil, e não importado como o primeiro lote, estas doses precisavam de uma nova autorização de uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade aprovou a utilização desta nova carga em reunião na tarde desta sexta-feira (22).
Nos dois casos, os ingredientes dos imunizantes estão aguardando por liberação na China. A demora é apontada como questão burocrática, mas especialistas também sugerem que dificuldades na relação entre Brasil e China possam ter ligação com os entraves enfrentados. A autorização para importação desses produtos vem sendo alvo de reuniões e tratativas diplomáticas do governo federal e do Congresso para tentar agilizar o processo de envio ao país.
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