Bastaram algumas mensagens trocadas entre Eduardo Coudet e Taison para reacender o sonho do Inter em repatriar o atacante de 32 anos do Shakhtar Donetsk. A linha direta entre treinador e atleta retoma um flerte antigo do clube com o ídolo para uma volta que ainda está bem distante de virar realidade. Mas o negócio não é tão simples quanto o desejo mútuo do atacante e do clube pode dar a entender.
Verdade seja dita, o retorno do atleta ao Beira-Rio soava como uma possibilidade remota ainda antes da pandemia do coronavírus paralisar o futebol em quase todo o mundo. O hiato de jogos só agravou a já delicada saúde financeira do Inter e reduziu as chances de uma negociação. Mesmo que seja apenas para 2021.
A diretoria colorada garante que não há qualquer conversa em andamento com o atleta. Nos bastidores, o assunto causa até certo incômodo entre dirigentes. Sem dinheiro em caixa, o Inter reduziu salários do elenco e, mesmo assim, enfrenta problemas para manter os vencimentos em dia. A folha de maio, por exemplo, foi paga com atraso.
Em seu favor, o Colorado pode contar com a vontade do próprio jogador em "voltar para casa". Além disso, a partir de dezembro Taison tem a possibilidade de assinar um pré-contrato com qualquer clube, sem que haja algum valor a ser pago ao Shakhtar.
"Pretendo conversar com eles (Shakhtar) em dezembro. O presidente do clube me aconselha bastante, mas acho que está chegando a hora de voltar pra perto de casa, perto da minha família" (Taison, em entrevista à Rádio Atlântida)
Vontade colorada
A diretoria colorada recebe com cautela as manifestações recorrentes do atleta sobre seu desejo de voltar ao Inter. Como já ocorreu em outras temporadas. Nos microfones, Taison expressa vontade de retornar ao Beira-Rio, mas as negociações para isso nunca tomam o mesmo caminho.
Nada que impeça Eduardo Coudet de manter contato com Taison. Os dois se conheceram no Lance de Craque, jogo beneficente promovido por D'Alessandro, do ano passado. O próprio atacante prometeu conversa com a diretoria ao final do ano.
- É verdade que trocamos mensagens. É um jogador muito representativo para o Inter, um grande jogador. Seguramente gostaríamos de contar com ele. Além de grande jogador, é grande pessoa. Não sei se vai estar em 2021 aqui, não sei se vou estar eu, mas tomara que o destino nos cruze - afirmou Coudet.
Após o título continental, acabou negociado com o Metalist, da Ucrânia. Por lá permaneceu até 2012, quando rumou ao Shakhtar. Neste período de leste europeu, empilhou taças. São cinco Ligas Ucranianas, cinco Taças da Ucrânia e outras cinco Supertaças da Ucrânia.
Comentários