As regiões do Alto Uruguai catarinense, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí pioraram a situação de grave para gravíssimo. Outras nove regiões continuam em situação gravíssima: Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz Do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Médio Vale Do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste e Xanxerê.
A região de Laguna, que há uma semana tinha mudado a classificação de risco de gravíssimo para grave, continua com a mesma classificação, assim como a Serra Catarinense e a região do Alto Vale do Rio do Peixe. O Extremo Oeste catarinense está em situação de risco alto.
Piora na pandemia e decretos
Há menos de um mês apenas a região da Foz do Rio Itajaí-Açu estava em situação gravíssima, condição em que entrou em 23 de junho. Em 8 de julho, com uma nova atualização do mapa, essa região continuou em situação gravíssima e mais duas pioraram para este nível.O número subiu para sete na semana seguinte. Em 17 de julho, o governo estadual publicou decreto suspendendo o transporte coletivo nessas regiões, assim como proibiu a permanência e aglomeração de pessoas em locais públicos até 2 de agosto.
No dia 22 o número de regiões no pior risco por causa do coronavírus subiu para nove e dois dias depois, o governo publicou outro decreto também suspendendo o transporte coletivo e proibindo aglomeração de pessoas nessas três regiões até 9 de agosto.Repostas do Estado a cobranças do MPSC
O MPSC pediu ao governo mais transparência e esclarecimentos sobre as bases científicas que embasam as medidas adotadas contra o avanço do coronavírus. Na terça-feira (28) o secretário de estado da saúde, André Motta Ribeiro, respondeu ao MPSC reforçando que em junho passou a compartilhar com os municípios a gestão da crise, até então sob o comando quase exclusivo do Estado.Segundo ele, os primeiros dias exigiram uma ação mais centralizada, e que o governo editou decretos de restrição ao convívio social enquanto reestruturava a rede de atendimento de saúde. Ele ainda destacou que o número de leitos de UTI passou de 810 para 1.349 e que o Estado investiu R$ 310 milhões contra a pandemia.
Sobre a decisão de dividir a responsabilidade com os municípios, o secretário afirma que foram criadas ferramentas de compartilhamento de informações e que todas as medidas levaram Santa Catarina a ter um número de infectados e de mortos inferior ao de outros estados, embora longe do desejado."A implementação de políticas públicas cabe ao Poder Executivo e, em tempos de emergência sanitária e crise econômica gravíssima, é crucial que tal atribuição constitucional seja exercida plenamente e sem ingerência de quem quer que seja no mérito da atividade administrativa", diz o secretário no documento.
Ainda segundo o documento enviado ao MPSC, não há omissão do governo nesse cenário de compartilhamento de decisões.
Comentários