Na última sexta (14) foi divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento do setor de serviços no país. O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em janeiro de 2023 o volume de serviços reduziu 3,1% no Brasil.
Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a redução elimina o ganho de 3,0% observado nos meses de novembro e dezembro de 2022, pois a base da comparação estava em um patamar elevado. Ele pontua que o setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o colocando num patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia.
Cinco atividades foram investigadas no setor de serviços. Desse total, três acompanharam o recuo do setor de serviços. O primeiro destaque ficou com o Setor de Transporte, como explica Rodrigo Lobo. “O destaque negativo ficou com setor de transporte, que recuou 3,7% pressionado pela gestão de portos e terminais, transportes dutoviário, transporte rodoviário de cargas e o transporte aéreo de passageiros.
O segundo destaque negativo ficou com o setor classificado como Outros Serviços, que é uma pressão negativa dos serviços financeiros auxiliares. E o terceiro impacto negativo ficou com atividade de Serviços Profissionais Administrativos e Complementares, que recuaram 1,5% pressionado por uma queda na receita das empresas que organizam eventos, exceto os eventos culturais e esportivos, de acordo como o IBGE.
O economista Guidi Nunes acrescenta que as contratações temporárias de fim de ano também impactaram nessa redução no setor de serviços. “Esse quadro deve-se ao fim do período que vai de dezembro a janeiro, que são as compras natalinas, mas quando chega janeiro tem a dispensa dos trabalhos temporários. Mas o setor de serviço que representa 70% da economia brasileira. O sinal é que ele vai ficar mais estável ao longo de 2023. O quadro da economia tem que melhorar”.
Já os destaques positivos apresentados da Pesquisa Mensal de Serviços foram para os serviços de informação e comunicação e para os prestados às família, que registraram alta de 1,0% para o mês.
Fonte: Brasil 61
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