Sem UTIs pediátricas, governo de SC busca vagas na rede privada.

Hospital infantil de Florianópolis estava lotado, segundo pai que procurou atendimento; SC tem apenas 17 leitos de UTI na rede pública, que atingiu 98,55% de ocupação.

Sem UTIs pediátricas, governo de SC busca vagas na rede privada.
Indignação, é o que sentiu o pai de um menino de 3 anos que precisou procurar duas vezes o Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, na quarta-feira (24), para que o filho tivesse um diagnóstico e fosse tratado. Segundo ele, o hospital ainda enfrenta problema de superlotação.
A alta demanda tem inclusive deixado Santa Catarina sem leitos de UTI Pediátricos, como mostra a última atualização da SES (Secretaria de Estado da Saúde) feita nesta sexta-feira (26). O governo estadual informou que busca leitos na rede privada para suprir a demanda.
Com hospitais lotados, o atendimento tem demorado nas unidades hospitalares. Na quarta-feira (24),  quem teve que enfrentar a situação foi o pai do menino de 3 anos.
O homem, que não quer ser identificado, contou que o filho estava com febre e o levou a um hospital da Capital. Após exames apontarem uma mancha no pulmão da criança, a equipe orientou que o pai levasse o menino ao hospital infantil, pois poderia ser necessário internação.
 
Hospital lotado
O hospital infantil de Florianópolis tem enfrentado problema de superlotação, o que foi percebida pelo homem. Ele disse que chegou na unidade por volta das 3h da madrugada de quarta-feira (24).
Segundo ele, neste horário aparentava que o hospital estava vazio, pois ninguém aguardava do lado de fora, mas a realidade era outra dentro da unidade. “Os corredores estavam lotados”, disse.
No hospital infantil foram feitos novos exames, que também apontaram para uma mancha no pulmão da criança. Contudo, a médica que atendeu o menino disse que ele tinha virose e o liberou.
“Trocou o plantão e a médica que entrou falou que podíamos ir pra casa, pois ele não tinha nada, somente uma virose. Fui para casa indignado. Mas precisei voltar mais tarde, por volta das 19h. O hospital estava lotado”, conta o pai.
O homem disse que a criança estava com febre há pelo menos 10 dias e na primeira vez que foi atendido na quarta-feira, o filho foi medicado com Dipirona, mas o medicamento não diminuiu a febre. Por isso, buscou atendimento no hospital novamente.
Na segunda vez que foi à unidade naquele dia, o homem disse que foi atendido mais rápido por já ter buscado atendimento anteriormente. “Me atenderem meio logo, mas tinha pessoas que estavam lá desde o meio-dia e estavam sendo atendidos somente a noite”, contou. “Estavam indignados”, complementou.
O menino foi diagnosticado com pneumonia, recebeu medicação e foi liberado. Conforme o pai, a criança está melhor. “Mas precisei ir duas vezes para resolver o problema”, diz indignado.
 
Falta de médicos no hospital
Na avaliação do pai do menino, faltam médicos para atender no hospital, que viu apenas um profissional atendendo no local enquanto esteve na unidade. “Não tem dinheiro para pagar mais médicos, é de ficar indignado”, diz ao reclamar do descaso com a área da saúde.
Contudo, ele destacou os esforços de médicos que atendem no hospital. Segundo o homem, o médico que atendeu o filho dele,  na noite de quarta-feira (24), era um bom profissional.
Além disso, que a demanda era tanta que o médico se desdobrava para fazer os atendimentos. “Estava voando dentro do hospital, parecia um atleta”, observa.
 
Hospital Infantil
A reportagem do ND+ procurou a SES, para comentar sobre a situação do hospital, mas não teve retorno com a posição até as 13h desta sexta-feira.
O hospital infantil sofre com alta nos atendimentos, o que tem regerado reclamações de quem busca pelos serviços. No início desta semana, o governo estadual divulgou que foram contratados 48 profissionais para atender no Hospital Infantil Joana de Gusmão.
 
 
 
 
Fonte: ND +
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