A superintendência leva em consideração alguns fatores para emitir o alerta. Um deles está justamento nas características do Carnaval, que "contribuem para uma intensa movimentação de pessoas de diferentes locais e para a ocorrência de grandes aglomerações por tempo prolongado", segundo o texto. Além disso, os técnicos apontam que, mesmo que os eventos carnavalescos ocorram em espaços abertos, a magnitude da aglomeração e o intenso e frequente contato interpessoal são características que aumentam o risco de transmissão viral podendo contribuir para o recrudescimento da incidência da COVID-19, que embora se encontre em queda, ainda permanece em patamares elevados por todo o Estado".

Por conta disso, "A Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica e da Diretoria de Vigilância Sanitária, alerta todos os gestores municipais e diferentes setores da sociedade catarinense sobre o risco de aumento de novas infecções durante o feriado de carnaval" e recomenda os cuidados.

Dentre as medidas para o público em geral, estão: vacinação, estímulo para que pessoas próximas como amigos e familiares sejam orientados a se vacinar, opção por lugares arejados para eventos sociais, uso de máscaras, que se evitem as aglomerações, cuidado com viagens por aeroportos e estações de passageiros, higienização das mãos, que se evite o uso compartilhado de talheres e copos, a preferência por ambientes e eventos que tenham o protocolo de "evento seguro", entre outras.

Já para os gestores municipais, a recomendação é baseada justamento no protocolo do "evento seguro", em que os espaços com mais de 500 pessoas devem seguir uma série de medidas. Além disso, o Estado orienta que "quanto à organização e à autorização da realização de eventos durante a semana do Carnaval, as prefeituras municipais precisam verificar e avaliar os critérios epidemiológicos, de cobertura vacinal e de capacidade operacional".