Santa Catarina precisa vacinar 252.158 crianças contra a Poliomielite até o dia 9 de setembro. A data marca o fim da Campanha de Multivacinação e Vacinação contra a Poliomielite. A ação prevê que 95% das crianças do Estado precisam ser vacinadas – a cobertura atual é de 34,7%. Os números são da SES (Secretaria do Estado da Saúde).
Para atingir todas as crianças, Santa Catarina deve vacinar em média 18 mil crianças por dia até o dia 9 de setembro. Os números representam que, do público-alvo (371.482), somente uma a cada três crianças se vacinaram.
Segundo a pasta, para atingir a meta, o Estado investe em campanhas de conscientização e parceria entre os municípios. “É preciso que todos compreendam a importância da imunização, principalmente os pais”, explica em nota a SES.Apesar do número, Santa Catarina é o Estado que mais vacinou no país. Atrás de Santa Catarina estão os estados de Minas Gerais, com cobertura vacinal de 29,85%; e Pernambuco, com 28,53%. Os dados são do Painel da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, do Ministério da Saúde.
A Campanha de Vacinação contra a Poliomielite ocorre simultaneamente à de Multivacinação para atualizar a caderneta de crianças e adolescentes até 14 anos.Quem deve vacinar?
Contra a Poliomielite, a indicação é vacinar todas as crianças de 1 ano a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) com a VOP (Vacina Oral Poliomielite), desde que já tenham recebido as três doses da VIP (Vacina Inativada Poliomielite) do esquema básico.
Já a Multivacinação oferece, para crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias), todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. São 17 tipos de imunizantes que protegem contra mais de 20 doenças como sarampo, meningite, caxumba e coqueluche. Nesta Campanha, as doses são recomendadas para todos que, por algum motivo, deixaram de tomar as vacinas ou estão com esquemas vacinais incompletos.
Segundo o Superintendente de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Eduardo Macário, ainda não se sabe o impacto da campanha no calendário básico, ou seja, a cobertura vacinal.Casos de Poliomielite no mundo começam a voltar
Em Nova York, no dia 21 de julho, foi divulgado o primeiro caso de Poliomielite nos Estados Unidos desde 2013. Um jovem (que não teve a idade divulgada) ficou paralisado pela doença.Segundo o site “scientificamerican”, três semanas após o anúncio do caso, o Departamento de Saúde do Estado de Nova York encontrou o vírus em amostras de esgoto. O vírus foi encontrado no esgoto de Rockland e Orange County. Em Rockland County, apenas 60% das pessoas se vacinaram contra a doença, e 59% em Orange County.
O diagnóstico do jovem de Nova York reforça a importância da vacinação contra a Poliomielite para que a doença não volte para o Brasil, segundo Vidor. A transmissão pode gerar grandes estragos. Só para se ter ideia, no fim dos anos 1940, surtos do vírus causaram deficiências em cerca de 35 mil norte-americanos por ano, principalmente em crianças.
“Sabemos o quão rápido os vírus circulam de um continente para o outro com este mundo globalizado. Com as baixas coberturas vacinais no Brasil nos últimos anos, mais do que nunca precisamos valorizar a campanha contra poliomielite”, ressalta.A médica explica que a vacinação contra a Poliomielite é destinada para todas as crianças entre 1 e 5 anos incompletos, mesmo as que estão com as vacinas em dia.
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