SC tem 518 acidentes e 11 mortes envolvendo álcool e direção em rodovias federais em 2021.
Dados da PRF mostram que foram 726 ocorrências e 28 óbitos no ano passado.
Se a média permanecer a mesma, o ano deve terminar com um número menor de acidentes relacionados a motoristas bêbados em comparação com 2020. No ano passado, foram 726 ocorrências e 28 mortos, segundo a PRF.
Ao G1, a polícia rodoviária afirmou que cerca de 10% dos acidentes com mortes em rodovias federais estão relacionados à embriaguez do condutor.
- Esse número pode ser ainda maior porque, em muito dos casos, no óbito, não é possível fazer o teste do bafômetro, obviamente. Então a comprovação do cidadão estar embriagado não se tem no ato, tem-se apenas dias depois, depois dos exames clínico - afirmou o inspetor da PRF, Adriano Fiamoncini.
Dirigir sob efeito de álcool é crime
Dirigir sob o efeito de álcool é crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Nos últimos anos, a lei ficou mais severa e alcançou a tolerância zero em 2008. Em 2014, outras formas de comprovar que o motorista ingeriu bebida alcoólica foram incluídas na lei, já que muitos se negavam a fazer o teste do bafômetro.
Quatro anos depois, a pena foi aumentada e, atualmente, é de cinco a oito anos de detenção. Além disso, a multa para a penalidade é de R$ 2,9 mil. No entanto, não tem sido suficiente pra parar os motoristas.
- As pessoas sabem que existem essa penalidade, elas sabem que vão ter uma suspensão no direito de dirigir por 12 meses e, mesmo assim, isso não coíbe - relatou ao G1 a advogada de direito no trânsito, Daniela Beck Penna.
Fiscalização ajudam a reduzir acidentes
As fiscalizações têm ajudado nos flagrantes. Em Florianópolis, por exemplo, 600 motoristas bêbados foram autuados pela Guarda Municipal em 2019. Agora, com a retomada dos eventos, restaurantes e bares, as blitz também voltaram a ocorrer com mais frequência nas ruas da capital.
- Se o condutor tiver mais de um sinal de embriaguez, odor etílico, andar cambaleante, vestes desarrumadas, a gente vai fazer um auto de constatação de embriaguez. Com esse auto de constatação que o próprio policial vai lavrar, a gente vai dar voz de prisão pra esse condutor - afirmou o subcomandante da Guarda Municipal de Florianópolis, Ricardo Pastrana.
No Brasil, a atitude de dirigir depois de ter bebido é mais comum que em outros países. Estudos tentam entender esse hábito perigoso do brasileiro. A neurocientista Carla Tieppo disse ao G1 que a relação entre álcool e direção está associada ao estilo de vida que levamos.
- Mesmo quando você se pretende tomar apenas uma cervejinha, apenas pra relaxar, o próprio efeito do álcool no cérebro faz com que o seu julgamento e o seu livre arbítrio sejam prejudicados. Então você nem tinha a intenção de efetivamente se alcoolizar, mas você acaba fazendo isso - afirmou.
Fonte: DC
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