A chuva persistente em Santa Catarina deixou ao menos 191 desabrigados e desalojados até a manhã desta terça-feira (29). Apenas duas cidades acumularam 203 mm de precipitação nas últimas 24 horas.
No Norte catarinense, região fortemente afetada, os municípios de Schroeder e Joinville registraram, respectivamente, 111 e 92 mm de chuva no período.
Os desalojados — pessoas que deixaram suas casas e que não necessariamente precisam de abrigo do governo — se dividem em Joinville (100), Timbó (30), Rio dos Cedros (20), Brusque (16), Benedito Novo (12) e Araquari (9), segundo a Defesa Civil estadual.Já os desabrigados — pessoas cujas casas foram afetadas e que precisam de abrigo provido pelo governo — estão em Rodeio (8) e Guaramirim (5).
O balanço da Defesa Civil contabiliza, ao menos, 17 cidades com alagamentos e deslizamentos até esta manhã.No Vale do Itajaí, município de Luiz Alves, Rio dos Cedros, Benedito Novo, Pomerode, Brusque, Gaspar e Ilhota registraram ocorrências devido às chuvas.
Em Gaspar, por exemplo, foram registrados 180 mm na região de Belchior e a SC-421 está interditada.No Norte, Joinville, Itapoá, Rio Negrinho, Campo Alegre, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Araquari tiveram danos em vias, deslizamentos e queda de encosta. No Sul, o município de Lauro Müller teve deslizamento na Serra do Rio do Rastro, mas não houve vítimas nem interrupção do trânsito.
Até o momento, São Bento do Sul, Joinville, Luiz Alves, Corupá, Guaramirim e Rio dos Cedros decretaram situação de emergência. Já Timbó e Schroeder estão providenciando documentos para emitir decretos de situação de emergência.Tragédia na BR-376 em Guaratuba
O desabamento de uma encosta no km 669 da rodovia, na BR-376 em Guaratuba, próximo à divisa entre Paraná e Santa Catarina, atingiu entre 10 a 15 veículos, segundo o comando-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, coronel Hilton Zeferino.
Até o momento, uma morte foi confirmada, mas é possível que haja mais vítimas. Os bombeiros trabalham desde as 19h30 desta segunda-feira (28) para encontrar vítimas, mas o trabalho é lento.“Estamos fazendo um trabalho extremamente delicado, que é o acesso ao local do deslizamento, porque o solo continua extremamente instável. Temos muita dificuldade de comunicação de rádio, celular, as equipes tem que sair do local para que a gente possa ter informação”, explica o coronel.
O resgate exige cautela apara preservar a segurança das equipes que trabalham no apoio ao acidente.O local atingido pela queda de barreira são quase 200 metros, onde os veículos estavam parados por outro problema mais à frente na rodovia.
“É um numero significativo de carros que podem ter se deslocado, esperamos que não, mas a expectativa é que tenhamos uma quantidade de veículos que foram jogados numa região de precipício”, lamenta Zeferino.
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