Santa Catarina é o 7º Estado com o maior saldo de empregos do Brasil em 2022, sendo um acumulado de 90,3 mil admissões.
Apesar disso, o mês de dezembro registrou valor negativo, conforme o balanço do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado na terça-feira (31).
Os dados foram informados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Vale ressaltar que o saldo leva em consideração a soma das admissões por carteira assinada menos os desligamentos.
No total, o Estado registrou 1,4 milhão de contratações e 1,3 milhão de demissões, que resultou em um saldo de 90.355, que foi o 7º maior.
Além disso, os valores deixam Santa Catarina entre as três Unidades Federativas com a menor variação relativa em relação ao saldo, sendo de 3,99%.
Florianópolis é a detentora de 10,6 mil do saldo positivo durante o acumulado anual. Na ocasião, foram 131 mil admissões e 120,4 mil demissões
Dezembro e cenário nacional
Porém, a posição de Santa Catarina só não foi melhor por conta do saldo em dezembro.
Na ocasião, a economia catarinense apresentou um resultado negativo de -39.268, ou seja, o Estado registrou mais demissões do que contratações.
Isso porque foram 83.060 novos empregos de carteira assinada e 122.328 demissões ao longo do último mês de 2022.
No entanto, vale ressaltar que a situação se repete no cenário foi nacional.
No total, o Brasil registrou um saldo mensal negativo de 431 mil enquanto o acumulado anual foi de 2 milhões positivos.
Conforme informações da Agência Brasil, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu a queda no volume de empregos à reforma trabalhista realizada pelo governo do presidente Michel Temer, em 2017.
A reforma promoveu uma mudança significativa na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com a implementação de novas modalidades de contrato, como o trabalho intermitente.
De acordo com Marinho, houve uma queda na fiscalização, o que precarizou os contratos trabalhistas.
O ministro falou ainda sobre o fortalecimento das negociações trabalhistas, do papel dos sindicatos e da negociação coletiva como tarefas para o resgate da qualidade do trabalho.
“Isso aqui é fundamental. Vamos voltar a falar de novo em fortalecer, valorizar e retomar a negociação coletiva. Vamos promover a valorização do mercado de trabalho. Isso vai impactar a qualidade de trabalho para o futuro”, disse Marinho.
Fonte: ND+
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