Diminuiu de três para um o número de pessoas que estariam desaparecidas após a queda parcial da ponte pênsil, entre Torres (RS) e Passo de Torres (SC), na madrugada desta segunda-feira. O balanço mais recente foi divulgado pela Brigada Militar às 14h de hoje. Mais cedo, o número de possíveis desaparecidos era de 3. De acordo com o integrante do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Cansi, a quantia de desaparecidos vai mudando a todo momento, pois indivíduos não localizados vão sendo encontrados com vida no decorrer das apurações. Não há nenhuma confirmação de óbito em razão do incidente.
Conforma Cansi, foi confirmado que a ponte estava sobrecarregada no instante da queda parcial, e a chuva atrapalha as buscas aéreas por possíveis desaparecidos. "O trabalho é ininterrupto e nós vamos prosseguir até descartar evento que possa caracterizar um desaparecimento. Nós estamos com cerca de 45 bombeiros trabalhando", enfatiza.
Mais de 15 pessoas envolvidas no incidente foram encaminhadas para atendimento médico, segundo balanço da Secretaria de Segurança do Estado.
O delegado da Polícia Civil de Torres, Marcos Vinícios, informou que já foi instaurado um inquérito para verificar o porquê dos cabos da ponte terem cedido. "Agora é ter calma e serenidade, todas as circunstâncias que envolvem esse fato vão ser apuradas", destaca. O IGP realiza perícia para analisar as motivações do incidente, por meio da equipe da Seção de Engenharia do Departamento de Criminalística.
O que diz a prefeitura de Torres
O prefeito de Torres, Carlos Souza, afirma que a administração executa análises períódicas na estrutura para avaliar as condições dela. "Fazemos uma vistoria e manutenções preventivas. Não tínhamos nenhum relato ou sinal que houvesse um dano que encejasse um incidente desta natureza. O que se percebe é exatamente uma sobrecarga, as pessoas extrapolaram o limite da ponte", alega. Conforme o gestor da cidade, há duas sinalizações nas cabeceiras da ponte bem visíveis, que informam a capacidade de suporte da ponte pênsil. "No uso normal dela, ela vem sendo usada há mais de 40 anos e nunca tivemos um incidente dessa natureza", aponta.
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