R$ 1 bilhão? Veja quanto o Grêmio arrecadou com vendas de jogadores com Renato no clube

Balanços e demonstrativos contábeis do Grêmio mostram que clube ficou com pouco mais da metade do que foi mencionado pelo técnico de 2016 para cá

R$ 1 bilhão? Veja quanto o Grêmio arrecadou com vendas de jogadores com Renato no clube

Depois da derrota para o São Paulo, no domingo, o técnico Renato Portaluppi falou sobre a intenção de ter mais investimentos no Grêmio ao ser questionado sobre a renovação para a temporada 2021. Usou como argumento o fato de o clube ter arrecadado cerca de "R$ 1 bilhão" com vendas de jogadores desde que ele assumiu como técnico, em setembro de 2016.

ge consultou os balanços e documentos contábeis disponíveis no Portal da Governança do clube nesse período para checar. E descobriu que a venda de atletas rendeu um valor significativo aos cofres do Grêmio, mas que somam pouco mais da metade do R$ 1 bilhão mencionado por Renato.

Foram mais de R$ 500 milhões em negociações no período — R$ 522,3 milhões, para ser mais exato. No montante, estão negociações de jogadores das categorias de base que não passaram pelas mãos do treinador, como Tetê e Diego Rosa, vendidos ao Shakhtar Donetsk e Grupo City, respectivamente.

Quanto o Grêmio arrecadou com a vendas ano a ano:

 

  • 2021*: R$ 85 milhões (número aproximado até agora)
  • 2020: R$ 100.517.000
  • 2019: R$ 107.821.000
  • 2018: R$ 134.268.000
  • 2017: R$ 76.796.000
  • 2016: R$ 17.902.000

Na conta, também está incluído o valor projetado para a venda de Pepê, a ser confirmada nos próximos dias, dos quais 10 milhões de euros (R$ cerca de R$ 65 milhões) ficam com o clube gaúcho. A negociação de Diego Rosa também foi usada com valores projetados, já que a maior parte da quantia será lançada em 2021, ano em que o jogador deixou o clube.

 

É bom dizer que as quantias que circularam são maiores, mas uma parte de vários dos negócios fica com terceiros, como clubes que possuem um percentual dos direitos econômicos dos jogadores ou empresários com contratos de participação anterior à proibição da Fifa.

Nos anos de 2020, 2019 e 2018 existe a identificação do montante líquido dos negócios nos balancetes. Em 2020, foram 100,5 milhões, quase a totalidade da venda de Everton ao Benfica; em 2019, foram 107,8 milhões, a maior parte a partir da negociação de Tetê ao Shakhtar, mas também com participação da ida de Luan ao Corinthians, Marcelo Grohe ao Al Ittihad, da Arábia Saudita, e Léo Jardim ao Rio Ave, de Portugal.

Em 2018, foram arrecadados R$ 134 milhões a partir da venda de Arthur ao Barcelona e os gatilhos atingidos pelo rendimento do volante no clube espanhol. Os números brutos em 2017 e 2016 caem para R$ 76,7 milhões e R$ 17,9 milhões, respectivamente. Nesses valores, ainda é preciso subtrair algum eventual desconto.

Entram em parte das contas também negócios por empréstimo e arrecadação a partir do Mecanismo de solidariedade da Fifa, quando o clube formador fica com algum percentual das transferências. Os documentos oficias do Grêmio estão linkados nesta reportagem e podem ser conferidos. Os valores das negociações estão na rubrica "receita da atividade do desporto".

 

De 2016 para cá, o Grêmio vendeu diversos nomes formados no clube, como Marcelo Grohe, Arthur, Everton, Tetê, Diego Rosa, Léo Jardim, Walace, Pedro Rocha e outros. O mais recente é Pepê, negociado com o Porto, de Portugal. O jogador fará sua transferência no segundo semestre de 2021.

 

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