Dois dias após o ataque a uma creche em Saudades (SC) — que deixou cinco pessoas mortas, sendo três bebês, uma professora e uma auxiliar — um adolescente de 15 anos foi apreendido em Cabo Frio, na Região dos Lagos, por ter ameaçado provocar um atentado em uma escola. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, ele será encaminhado para uma internação, onde deverá receber atentimento psiquiátrico e psicológico para que possa voltar a conviver em sociedade.
O anúncio de que um jovem estaria planejando cometer assassinatos deixou moradores do município nervosos, gerando muitas postagens nas redes sociais de preocupação. No entanto, o delegado Carlos Eduardo Almeida, da 126ª DP, garantiu que não há motivo para pânico. Em entrevista ao portal "Rlagos Notícias", ele afirmou que este é um caso pontual.
"O nosso alvo foi capturado e ele já vai sofrer as sanções penais", disse Almeida.
A corporação informou, em nota, que "por se tratar de situação emergencial na qual crianças e adolescentes estariam submetidas à risco de morte ou à integridade física, os agentes foram ao endereço e apreenderam o adolescente antes do possível atentado".
"Em depoimento, ele afirmou que planejava matar um professor e dois funcionários da escola, além de alunos e que utilizaria uma arma branca e coquetéis molotov. A intenção seria atacar na hora do recreio", acrescenta o comunicado. "Os policiais descobriram diversas mensagens escritas pelo jovem. Em uma delas, o adolescente diz ter começado a planejar a ação no dia 4 de maio e realizaria o ato dois dias depois dessa data".
O delegado explicou que as informações sobre o autor das ameaças chegou até os investigadores a partir de uma análise de dados cibernéticos do Ministério da Justiça na noite desta quarta-feira, dia 5. Para complementar o trabalho, a Subsecretaria de Inteligência da corporação verificou o endereço do adolescente. Uma equipe foi então enviada à residência dele na manhã desta quinta-feira, dia 6. A mãe do jovem recebeu os policiais e os deixou entrar para que pudessem apreender os itens suspeitos. De acordo com Almeida, os relatos feitos pelo autor em redes sociais a respeito do planejamento do ataque foram equivalentes ao material encontrado em seu quarto.
"Ele postou algumas mensagens dizendo que iria utilizar determinados itens, como pregos, garrafas para fazer coquetel molotov, que seriam artefatos explosivos", disse o delegado, destacando que a mãe do suspeito mostrou-se "bastante surpresa" com os fatos constatados.
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