Outubro Rosa: fila por cirurgia de câncer de mama tem mais de 300 pacientes em SC.

Em 2022, foram realizados pouco mais de mil procedimentos; ao contrário das cirurgias, número de mamografias diminuiu durante a pandemia.

Outubro Rosa: fila por cirurgia de câncer de mama tem mais de 300 pacientes em SC.

Segundo dados da SES (Secretaria de Estado da Saúde), 314 mulheres aguardam por uma cirurgia de retirada de tumor da mama via SUS (Sistema Único de Saúde) em Santa Catarina. A realização depende do estágio da doença, mas a maioria das pacientes passa pelo procedimento.

Câncer de mama outubro rosa

Em SC, cirurgias continuaram na pandemia. Atualmente mais de 300 mulheres aguardam um procedimento – Foto: Anna Tarazevich/Pexels/Divulgação/ND

Enquanto no Brasil o número de cirurgias de câncer diminuiu durante a pandemia, de acordo com levantamento da SBCO (Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica), em Santa Catarina as relacionadas ao câncer de mama não sofreram redução significativa.

Em 2019, por exemplo, foram realizados 1.551 procedimentos. Em 2020, o número ficou em 1.498, mesma quantidade registrada em 2021. Neste ano, entre janeiro e agosto, o Estado já fez 1.053 cirurgias de câncer de mama pelo SUS.

No sistema privado não há dados exatos de quantas cirurgias foram realizadas, mas conforme a presidente da Amucc (Associação Brasileira de Portadores de Câncer) de Florianópolis, Simone Lopes, o tempo de espera na rede particular é bem menor do que pelo SUS.

“No sistema público, as pacientes têm esperado por vezes mais de 60 dias. O tempo varia muito, pois ainda temos problemas, por exemplo, com a regulação, que não coloca urgência ou encaminha para a especialidade errada, fazendo a mulher perder mais tempo”, explica.

De acordo com a presidente, hospitais e o Estado informaram que trabalham para aumentar a quantidade de profissionais que atendem pacientes oncológicos, para tentar reduzir a espera, não só para cirurgias, mas também para o diagnóstico.

“Quanto mais precoce o diagnóstico, menos invasiva é a cirurgia e maior a chance de cura. Então não dá para perder tempo nesta fase do tratamento, tudo precisa ser feito no tempo certo”, finaliza Simone.

Atualmente, no Estado, 20 unidades hospitalares habilitadas em Oncologia pelo SUS realizam atendimento clínico, cirurgias, radio e quimioterapia de pacientes com câncer. Destas, 15 atendem mulheres com câncer de mama, segundo a SES.

Queda nas mamografias

A SBCO alerta que o exame mais indicado para a prevenção do câncer de mama é a mamografia, que deve ser feita anualmente por mulheres a partir dos 40 anos. Ao contrário do exame físico e do autoexame, o procedimento é capaz de detectar lesões não palpáveis.

O diagnóstico precoce pode aumentar em 95% as chances de cura, conforme a Femama (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama).

Em Santa Catarina, ao contrário das cirurgias, o número de mamografias apresentou queda na pandemia: em 2019, foram 153.378 exames, diminuindo para 87.339 em 2020. No ano seguinte, houve recuperação, com 129.341 exames. Em 2022, até o momento, foram 78.280 mamografias.

O Estado tem 256 equipamentos de mamografia, sendo 24 habilitados para assistência especializada e integral de pacientes com câncer.

Além da prevenção com exames como a mamografia, há formas de eliminar fatores de risco para a doença, como explica o mastologista Felipe Zerwes, presidente da Comissão Especializada em Mastologia da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia).

“A prevenção se dá através de uma alimentação saudável, prática de atividade física, não fumar, não consumir bebidas em excesso, não usar terapia hormonal com estrogênio e progesterona por mais de cinco anos”, elenca.

Cenário do câncer de mama em SC

O câncer de mama é o mais incidente em mulheres brasileiras. A estimativa, de acordo com a SBCO, é que até o fim de 2022 sejam registrados 66 mil novos casos no país, representando 29% de todos os tumores malignos.

Um levantamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) revela ainda que, até 2040, a incidência de novos casos de câncer de mama vai ultrapassar a marca de três milhões e o número de mortes deve saltar de 600 mil para quase um milhão.

Em Santa Catarina, dados de um estudo da empresa de saúde catarinense LifesHub mostram que 1.403 mulheres foram internadas para tratamento de câncer de mama em 2021. A quantidade corresponde a 14,6% das internações por neoplasia, com uma taxa de óbito de 8%.

Já em 2022, entre janeiro e julho, 739 mulheres iniciaram algum tipo de tratamento para neoplasia mamária. A taxa de mortes é de 8,8%. A incidência da doença em Santa Catarina é de 93,05 casos a cada 100 mil mulheres.

Entre os principais sinais de alerta para a doença estão alteração na assimetria da mama, desvio ou inversão do mamilo, alteração na cor do mamilo, como vermelhidão e secreções transparentes, rosadas ou avermelhadas.
Já os fatores de risco para o câncer de mama incluem histórico familiar, sedentarismo, mamas densas, gestação acima dos 30 anos, uso de hormônios ou terapia de reposição hormonal, entre outros.

 

 
 
 
 
Fonte: ND+
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