Uma operação conjunta da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e da Polícia Civil, por meio do Centro Estadual de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (CAOAGRO), foi deflagrada nos dias 3, 4 e 5 de agosto, com o objetivo de reprimir o ingresso irregular de bovinos no território catarinense, bem como combater o abate clandestino de animais, visando a manutenção das certificações sanitárias conquistadas e a proteção da saúde da população.
Durante a operação “BOI NOS AIRES”, 30 propriedades rurais foram fiscalizadas no Extremo-Oeste de Santa Catarina e também 10 barreiras móveis de fiscalização de trânsito agropecuário foram realizadas.
A operação ocorreu nos municípios de Dionísio Cerqueira, Descanso, Belmonte, Guarujá do Sul, Princesa Itapiranga, São José do Cedro, Barra Bonita, Guaraciaba, Palma Sola e Iporã do Oeste.
Foram apreendidos 24 bovinos em situação irregular, um abatedouro clandestino foi fechado, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Ainda, foram apreendidos pescados, milho a granel, couro bovino e óleo diesel sem comprovação de origem, bem como aplicadas diversas sanções administrativas.
Participaram da operação 50 policiais civis do CAOGRO, das Delegacias Regionais de Polícia de São Miguel do Oeste, Maravilha, São Lourenço do Oeste e da Operação Hórus, além de 20 médicos veterinários da CIDASC.
Para o Médico Veterinário Mateus Girardello, coordenador da operação e responsável pela UVL de São José do Cedro, “o trânsito irregular de animais e seus produtos se configura numa das mais perigosas maneiras de disseminação de doenças que podem colocar em risco a sanidade dos rebanhos catarinenses, a economia do Estado e a saúde da população”.
“A história da Febre Aftosa nos mostra que o retorno da doença em áreas declaradas livres esteve relacionado com o trânsito irregular de animais, possivelmente de fora do País, reforçando a necessidade da constante vigilância de nossas fronteiras internacionais para manutenção do Status de Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação que a 15 anos já somos detentores”, finaliza Girardello.
De acordo com o Delegado Fernando Callfass, coordenador estadual do CAOAGRO da Polícia Civil, a “união de esforços entre a Polícia Civil e a CIDASC tem por objetivo ampliar as ações de defesa agropecuária no Estado na proteção da sanidade animal e vegetal, bem como evitar a ocorrência de crimes contra o agronegócio”.
Segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil, Marcos Flávio Ghizoni Júnior, operações conjuntas como essa demonstram a importância da ação especializada da Polícia Civil na atuação frente aos crimes contra o agronegócio e em prol da sociedade catarinense.
Fonte: CIdasc SC
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