A segunda rota cargueira entre o Aeroporto Internacional de Florianópolis e Miami foi inaugurada nesta quinta-feira (30). A expectativa é de que o novo trecho, operado pela Latam Cargo, movimente R$ 50 milhões com produtos importados dos Estado Unidos, valor que deve ser ampliado com a chegada de novos clientes.   

O primeiro voo da rota pousou na Capital de SC por volta das 13h30min, e contou com a presença de Ricardo Gesse, CEO da Zurique Airport Brasil, que adiministra o Aeroporto de Florianópolis, Otávio Meneguette, diretor da Latam Cargo, além de representantes do governo de SC e da Fiesc. 

Essa segunda rota para Miami, cidade que é referência em mercado para o mundo todo, será operada sempre às quintas-feiras e se soma a que já opera entre as duas cidades, às segundas-feiras. 

 

SC como referência em logística no Brasil 

De acordo com o CEO da Zurique Airport Brasil, Ricardo Gesse, a estimativa inicial é de que a nova rota movimente cerca de R$ 50 milhões, com base nos clientes que já operam. No entanto, o objetivo é captar novos clientes de outros estados que devem fazer a arrecadação aumentar até três vezes, como o setor metal mecânico de Santa Catarina e empresas farmacêuticas. 

— Nossos principais clientes hoje em termos de faturamento estão no Rio de Janeiro e Paraná. Esse voo vai também nos abrir possibilidades de clientes de São Paulo, Rio Grande do Sul, até de Brasília. Nos abre um mundo de possibilidades de nos consolidarmos como um hub logístico do Sul do Brasil — declarou. 

Os principais produtos que chegam de Miami e devem ter maior volume com a criação da nova rota são placas de vídeo, processadores, periférico de informática gerais (gabinete, hd), além de produtos para serem utilizados em equipamentos de diagnóstico médico/hospitalar.

 

Rota cargueira entre SC e Europa

A segunda frequência entre Florianópolis e Miami abre espaço também para a criação de rotas com outros países, segundo o CEO da Zurich Airport Brasil. O objetivo agora é ter uma conexão direta com Portugal, na Europa. 

— Temos conversado bastante com a TAP [companhia aérea portuguesa], tanto para passageiros quanto para carga. Existe uma demanda provada para voo cargueiro para a Europa. Agora é uma construção, porque esse é um voo caro para as companhias aéreas operarem [...] Eu acredito muito em 2023, com duas ou três frequências para a América do Norte e uma para a Europa — destacou Ricardo Gesse.