MPSC analisa relatórios sobre contaminação da água por substâncias tóxicas em SC.
A partir da análise dos promotores da Capital, o órgão decidirá que tipo de encaminhamento deve ser dado ao tema.
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) está analisando os relatórios sobre a contaminação da água de cidades catarinenses. Substâncias tóxicas, que podem causar doenças crônicas, como câncer, foram encontradas acima do limite de segurança em amostras entre 2018 e 2020.
O órgão está se informando sobre o assunto apurado pela ONG Repórter Brasil, e divulgado pelo ND+ na quarta-feira (9). A iniciativa é da 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital.
A partir da análise dos promotores, o MPSC decidirá qual encaminhamento será dado ao tema e pode vir a tomar atitudes sobre o ocorrido, como questionar as empresas e órgãos de abastecimento.
Ainda não há uma definição sobre o assunto e nem prazo para tomada de decisão. Como se trata de um assunto complexo, segundo a assessoria do MPSC, a promotoria está examinando o material com atenção.
Entenda o caso
Entre 2018 e 2020, Santa Catarina teve 370 análises de água potável contaminadas por substâncias consideradas tóxicas e acima do limite permitido por lei.
Segundo o Mapa da Água, o Estado foi o terceiro que mais testou a água dos próprios municípios, com mais de 157 mil testes, e o quarto em resultados negativos.
No território catarinense, 28 municípios identificaram substâncias com maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer. Entre elas estão Balneário Camboriú (com 6 tipos das substâncias mais tóxicas), Benedito Novo (3), Sangão (3), Florianópolis (2), Vitor Meirelles (2) e São José do Cedro (2).
Para Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) ouvido pela Repórter Brasil, existe risco para quem bebe a água, e ele varia de acordo com a substância e com o número de vezes que ela foi consumida ao longo do tempo. O risco é maior para quem bebeu diversas vezes ao longo de anos.
SC não possui casos suspeitos de contaminação
O CiaTox/SC (Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Estado), referência na área de toxicologia em Santa Catarina, não atendeu nenhum caso suspeito de contaminação pelas substância perigosas encontradas na água da Capital.
De acordo com a gerente do centro, Danielle Albino, nenhuma pessoa procurou o CiaTox/SC, localizado em Florianópolis, com sintomas que possam ter sido causados por 2,4,6 triclorofenol, nitrato, ácidos haloacéticos total ou trihalometanos, encontrados em amostras da água da cidade.
“Pode ser desenvolvida uma intoxicação crônica se houver um consumo alto e frequente desta água contaminada, podendo causar câncer a longo prazo, dependendo da individualidade de cada pessoa”, explicou Albino.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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