O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) diz que a fila de cirurgias eletivas deveria durar no máximo 90 dias. A declaração veio em uma entrevista dada ao Grupo ND nesta quarta-feira (19).
Segundo Mello, a promessa de campanha, de zerar a fila de cirurgias eletivas até agosto, não foi cumprida por conta do estado em que estava a saúde pública de Santa Catarina.
“A fila não zerou porque a saúde pública em Santa Catarina estava podre, e não sabíamos que estava tão podre assim”, conta o governador.No entanto, o gestor disse ainda que as cirurgias oncológicas, de cateterismo infantil e ortopédicas foram zeradas.
Segundo a SES/SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina) 62 mil pessoas aguardam na fila por cirurgias eletivas no Estado.Hospitais deteriorados
De acordo com Mello, os hospitais estavam desorganizados e a fila de cirurgias eletivas era incorreta. Isso porque haviam “nomes duplicados” e cadastro de pessoas que já fizeram o procedimento.“Agravaram muito os casos de dengue que foram todos para os hospitais, além de bronquiolite e uma avalanche aos serviços. Não é justificativa, nossa intenção era zerar. A fila nunca vai terminar, há pessoas que desistem, já fizeram particular, já faleceram. Precisamos organizar a fila, fazer um sistema novo, havia nomes duplicados e outros erros”, disse.
Jorginho Mello disse ainda que “ninguém espera mais que 90 dias em filas de cirurgias eletivas”.O governador declarou ainda que a saúde pública de Santa Catarina estava doente, e que haverá reformas.
“Já retiramos portas podres, janelas, os hospitais estavam em um desleixo de muito tempo. O hospital de São Paulo de Xanxerê é especializado em cirurgias de coração e nós o contratamos. Assim, as pessoas não precisam mais vir para Florianópolis para fazer o procedimento”, explica.As reformas já começaram no hospital Governador Celso Ramos e na maternidade Carmela Dutra, ambos em Florianópolis. Segundo o governador, os hospitais estaduais contarão com novas recepções e espaços adequados para quem espera por atendimento.
Mello disse ainda que sua gestão está dando soluções e fazendo reconstrução da saúde pública no Estado.
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