A empresa de alimentos JBS anunciou um investimento de R$ 15 bilhões até 2026 para expandir suas operações no Brasil. O anúncio foi feito pelo CEO Global Gilberto Tomazoni, durante a inauguração de duas novas fábricas de produtos de valor agregado em Rolândia, no norte do Paraná, na sexta-feira (27).
“O Grupo J&F anunciou o investimento de R$ 38 bilhões até 2026. Quero dizer que nós da JBS estamos com um projeto de dupla listagem. Se esse projeto for bem-sucedido, esse investimento não será de R$ 38 bilhões, mas sim de R$ 50 bilhões no Brasil até 2026. Além disso, serão 50 mil postos de trabalho adicionais até 2026”, disse Tomazoni. Desse total de novos empregos, serão 20 mil somente na JBS.
A J&F Investimentos, controladora da companhia e de empresas como J&F Mineração, Eldorado Brasil, PicPay, Flora, entre outras, havia anunciado no começo deste mês um total de investimentos de R$ 38 bilhões, incluindo R$ 3 bilhões da JBS.
O anúncio do investimento de R$ 15 bilhões foi feito em evento de inauguração em Rolândia com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin.
Também participaram o governador do Paraná, Ratinho Júnior, congressistas e autoridades municipais, como o prefeito de Rolândia, Ailton Maistro.
Do lado da JBS, estavam os acionistas Wesley e Joesley Batista e, além de Tomazoni, o CEO da JBS Brasil, Gilberto Xandó, e o CEO da Seara, João Campos, entre outros executivos.
Em Rolândia, Alckmin destacou as novas fábricas da JBS em Rolândia como exemplos da neoindustrialização, com inovação e sustentabilidade.
“É um complexo industrial dos maiores do mundo, na ponta da tecnologia.” O vice-presidente falou da satisfação de estar na “inauguração de uma grande indústria, uma empresa com 4.500 colaboradores, que pode chegar a 6.000”.
O acionista Wesley Batista destacou o momento favorável de investir no Brasil: “Olhando para nosso grupo todo, somos, atualmente, 180 mil pessoas no Brasil – sendo a maior empregadora do país -, e 280 mil colaboradores ao redor do mundo, com 500 fábricas. Chegamos à conclusão de que o Brasil é um país extraordinário, com potencial gigantesco”, afirmou Wesley.
O empresário prosseguiu: “Nós, que operamos em muitos lugares ao redor do mundo, olhamos para o Brasil e observamos que são poucos lugares que possuem as condições que o país tem: democracia, instituições fortes estabelecidas, credibilidade, do ponto de vista fiscal”. Para Wesley, “quando olhamos para outros lugares, não encontramos facilmente ao redor do mundo situações como temos no Brasil. Por isso, estamos superotimistas. Acredito que o Brasil voltou e é a bola da vez. Definitivamente, vamos ver o Brasil decolando de novo. Estamos muito otimistas”.
Em sua participação, o presidente do Instituto J&F, Joesley Batista, destacou a importância do investimento em educação. “Hoje eu visitei esta fábrica maravilhosa, mas o que a gente tem de melhor é a nossa gente. E o Instituto J&F, do qual hoje estou à frente, tem o desafio de liderar um movimento, que é o de transformar as empresas do Grupo J&F em companhias educadoras, trazer a educação para o centro da estratégia das empresas.” Joesley falou da necessidade de motivar outras companhias a também educar e ensinar as pessoas a trabalhar cada dia melhor.
Alckmin também comentou sobre o Instituto J&F, iniciais de José (José Batista Sobrinho, fundador da JBS) e Flora, sua esposa. “Não há amor mais sublime que o amor de uma mãe e um pai por um filho”. E, continuou, “o que os pais mais querem para o filho é que ele possa estudar e ter uma profissão que lhe permita se manter”. O vice usou o exemplo do presidente Lula de como a educação faz a diferença. Com o certificado do Senai, ele foi o primeiro da família a ter emprego com carteira assinada, o primeiro a ter uma TV, um carro e uma casa. “Gostaria de dar meus parabéns aos acionistas da J&F por esse cuidado com a juventude”, afirmou Alckmin.
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