O empate com o América-MG no Beira-Rio pode fazer o Inter deixar a zona de classificação para a Copa Sul-Americana de 2024. Para isso ocorrer, o Cruzeiro precisa vencer o São Paulo nesta quinta-feira (2), no Morumbi. Porém, o risco ainda pode ser maior até o fim do Brasileirão. Com os atuais 39 pontos (41,9% de aproveitamento), o time de Eduardo Coudet possui a segunda pior campanha do clube na Era dos pontos corridos — melhor apenas do que o ano em que foi rebaixado.
Em 2016, ao final da mesma 31ª rodada, a equipe então comandada por Celso Roth tinha apenas três pontos a menos — 36 pontos e 38,7% de aproveitamento. Na ocasião, ocupava a 16ª colocação, mas terminaria aquele campeonato dentro do Z-4.
A pontuação atual iguala a do Brasileirão de 2004. Naquele ano, Lori Sandri, Joel Santana e depois Muricy Ramalho conduziram a equipe colorada até a 31ª rodada, somando os mesmos 39 pontos de agora. Entretanto, na ocasião, o campeonato era disputado por 24 clubes e, por isso, oito rodadas a mais foram disputadas, dando tempo para uma arrancada que culminaria com o 8° lugar.
Para se ter ideia, a campanha deste ano é inferior a 2007, quando a diretoria resolveu demitir Alexandre Gallo e recontratar Abel Braga para terminar em 11°. Abaixo também de 2021, quando Miguel Ángel Ramírez foi substituído por Diego Aguirre e, de forma melancólica, o time chegou na 12ª posição. Ou ainda de 2013 quando, com o Beira-Rio em reformas, o time de Dunga e Clemer teve de jogar em Novo Hamburgo e Caxias do Sul e encerrou sua participação em 13º lugar.
O que serve de alento é que ainda restam sete partidas para o fim do Brasileirão de 2023. Ou seja, ainda dá tempo para o Inter melhorar o aproveitamento atual e se distanciar de suas piores campanhas na história do campeonato nacional.
— Terminar o ano fazendo apenas os pontos necessários é uma merda, estando nesse clube, que está acostumado a brigar. Tiramos tudo o que tínhamos para tentar ganhar a Copa (Libertadores). Não tivemos essa possibilidade por pouco. É um grupo muito bom. A culpa não é dos desfalques. É o entrosamento — analisou Coudet.Piores campanhas do Inter no Brasileirão de pontos corridos:
2016: 36 pontos na 31ª rodada (38,7 % de aproveitamento), terminou com 43 (37,7%)2023: 39 pontos na 31ª rodada (41,9% de aproveitamento)
2004: 39 pontos na 31ª rodada (41,9% de aproveitamento), terminou com 67 (48,5%)*
2007: 41 pontos na 31ª rodada (41,9% de aproveitamento), terminou com 54 (47,3%)
2013: 42 pontos na 31ª rodada (45,1% de aproveitamento), terminou com 48 (42,1%)
2021: 44 pontos na 31ª rodada (47,3% de aproveitamento), terminou com 48 (42,1%)
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