Inter leva virada no fim e está fora da Libertadores.

Colorado vencia por 1 a 0, mas levou dois gols do Fluminense na reta final do confronto.

Inter leva virada no fim e está fora da Libertadores.

Das muitas formas cruéis de ser eliminado de uma competição, o Inter sofreu mais uma nesta quarta-feira. Com mais de 50 mil torcedores no Beira-Rio, o time abriu 1 a 0, teve várias oportunidades de matar o jogo e permitiu uma virada inacreditável do Fluminense, em seis minutos. O 2 a 1 eliminou a equipe de Eduardo Coudet na semifinal da Libertadores.

Porto Alegre respirou Libertadores nesta quarta-feira. Durante todo o dia, torcedores fizeram churrasco, caminharam pelas ruas e aguardavam o jogo. O entorno do Beira-Rio ficou repleto de ônibus. Por volta de 19h30min, quando a delegação chegou ao estádio, a região foi tomada por sinalizadores, fogos de artifício, foguetes e uma variada gama de pirotecnia. Ruas de fogo era pouco: foi um bairro de fogo na zona sul da Capital.

Na hora do jogo, os mesmos 11 colorados que começaram jogo no Maracanã foram repetidos no Beira-Rio. Entre Mallo e Bustos, Coudet foi novamente com o espanhol na lateral direita. Diniz mexeu. Reforçou o meio-campo com Alexsander no lugar do atacante John Kennedy, que foi para o banco. Na direita, Guga substituiu o suspenso Samuel Xavier.

Desde o início, o Inter deixou claro que queria aproveitar a atmosfera. Enquanto a arquibancada rugia, o time pressionava. No segundo minuto, Mallo cruzou da direita e a bola passou por toda a área pequena, sem encontrar nem sequer um pezinho que a colocasse na rede.

A primeira conclusão foi do Fluminense. E de quem mais tem fome de fazer gol. Da intermediária, Cano arriscou. Rochet defendeu em dois tempos. A resposta colorada quase encontrou as redes. Em ataque que começou pela direita, a bola chegou a Alan Patrick, que ajeitou para Wanderson, que entrou na área e bateu. Fábio espalmou para escanteio.

A cobrança foi aos nove minutos. Wanderson jogou no segundo pau, o goleiro saiu e foi atrapalhado pelos companheiros e pelas próprias pernas, caindo na área. Mercado, sozinho, apenas escorou de cabeça para o gol. Inter 1 a 0. Na comemoração, foram acesos sinalizadores nas arquibancadas, repetindo uma cena que já ocorrera no Maracanã.

Aos 14, o Inter esteve muito perto de ampliar. Johnny recuperou a bola no meio-campo e entregou para Alan Patrick. Com um leve toque, ele abriu um latifúndio na faixa central, tocando para Wanderson. Mauricio entrava em velocidade.

O passe foi na medida, e o camisa 27 entrou na área, ajeitou para o pé esquerdo e bateu, mas o chute não saiu como esperado e Fábio defendeu.

O cenário da partida estava claro. O Flu, como sempre, tentava controlar com a posse. O Inter respondia com verticalidade. A cada roubada de bola, parava na frente do goleiro. Aos 21, Alan Patrick conduziu pelo meio e arriscou de fora da área, de pé esquerdo, para fora.

Outra característica do jogo ficou nítida aos 35. Apertado na saída de bola, Fábio tentou manter o estilo de passes curtos. Driblou Alan Patrick, mas acossado por Mauricio, chutou a bola em cima de um companheiro. O Inter pediu mão, mas a arbitragem mandou seguir.

A essa altura do confronto, houve uma mudança tática no Flu. Marcelo deixou a lateral esquerda para Alexsander e virou meia. Experiente, começou a tentar ditar o ritmo da partida. Mas a etapa inicial chegou ao fim com o placar a favor do Inter.

A segunda etapa começou diferente da primeira. As alterações de Diniz deram liberdade a Marcelo, e John Kennedy dava a profundidade que o ataque precisava. O controle estava com os visitantes. Mais do que isso, com Marcelo. Nos 10 primeiros minutos, isso se transformou em uma finalização, de Cano, sem perigo.

Aos 22, o contragolpe que o Inter esperava apareceu. Bola recuperada na defesa, passe de Alan Patrick para Valencia. A arrancada do centroavante foi do meio do campo até a área. Na hora da conclusão, Nino mostrou sua qualidade, deu um carrinho perfeito e impediu o chute. Valencia, aliás, deixou de matar o jogo aos 25. Uma falta que ele mesmo sofreu foi erguida por Alan Patrick na marca do pênalti, onde ele estava, absolutamente sozinho, e desperdiçou sabe-se lá como.

Coudet mexeu na equipe pela primeira vez aos 28. Foram duas trocas: Mauricio por De Pena e Aránguiz por Bruno Henrique.

Aos 32, Valencia teve a segunda chance nítida. De Pena roubou a bola de Marcelo e lançou o centroavante. Ele ganhou na velocidade da defesa e, cara a cara com Fábio, chutou rasteiro para fora.

O preço que costuma ser pago para quem perde tantas chances em uma semifinal é alto. E o Inter descobriu isso da pior forma possível. Eram 34 minutos. O passe de Keno teve um corta-luz perfeito de Marcelo e chegou a Cano. Ele deu o tempo certo e encontrou John Kennedy. Na frente de Rochet, ele deu um leve toque, encobriu o goleiro, Renê não cortou e a bola entrou. Após revisão, o gol foi confirmado, 1 a 1.

O empate se transformou em virada aos 42 minutos. O Fluminense atacou pela direita, González cruzou para o meio, John Kennedy ajeitou e Cano não perdeu. Uma virada para derrubar o Beira-Rio.

No desespero, Coudet colocou Lucca e Luiz Adriano, tirando Wanderson e Johnny. Não havia mais tempo. O Beira-Rio foi do delírio à tragédia em cinco minutos. E foi-se o sonho da Libertadores.

 
 
 
Fonte: Gaúcha ZH
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