Na abertura das oitavas de final da Copa do Brasil, o Inter enfrentou os reservas do lanterna do Brasileirão, em um estádio quase vazio. E nem isso foi suficiente para acabar com o mau momento. O time de Mano Menezes criou quase nada contra os suplentes do América-MG no Independência, ficou com um a menos antes da metade do segundo tempo, perdeu por 2 a 0 com dois gols de pênalti (um deles polêmico) nos acréscimos e agora terá de vencer por mais de dois de diferença, no Beira-Rio, para avançar. É o quarto jogo seguido com derrota pelo mesmo placar.
Mano optou por rechear o meio-campo. Escalou para as duas primeiras funções do setor seus dois jogadores mais combativos, Baralhas e Campanharo. À frente deles, Alan Patrick voltou à equipe depois de ter sido preservado no sábado passado, com Mauricio, Wanderson e Alemão completando a frente. Atrás, Bustos e Thauan Lara foram os laterais e Mercado e Moledo compuseram a dupla de zaga.
Com o ambiente praticamente neutro de um estádio vazio, o Inter se sentiu à vontade para começar pressionando. Aos cinco minutos, Mauricio recebeu de Bustos e cruzou na medida para Alan Patrick cabecear. Pasinato fez uma grande defesa. Na cobrança de escanteio, a bola foi mal afastada. Baralhas passou para Alemão, que devolveu, de letra, para Wanderson. O chute forte foi novamente espalmado pelo goleiro.Se parecia que os lances animariam o Inter ou fariam o América-MG reagir, nada disso ocorreu. Foram 16 minutos de nada a acrescentar até que Thauan Lara se embolasse com um jogador mineiro e o árbitro marcasse falta e desse cartão ao lateral, alegando uma cotovelada que o replay da TV deixou claro que não houve. A infração não deu em nada porque a cobrança foi afastada pela defesa.
O marasmo continuou até os 36 minutos. Uma sequência de trapalhadas da defesa do Inter quase deu um gol para o América. Começa com Keiller, que em vez de defender com a mão, usou o pé e cedeu o lateral. Na cobrança, a bola chegou a Danilo Avelar, que fez um cruzamento lento, no segundo pau. O goleiro e Thauan Lara erraram, Mateus Gonçalves conseguiu alcançar e rolar a bola para dentro. Breno tentou completar de carrinho, mas estava atrasado.Depois desse lance, o primeiro tempo se arrastou até o final na base da posse de bola colorada (terminou a etapa inicial com quase 70% de controle), algum bate-boca entre jogadores, técnicos e árbitro e zero oportunidade de gol.
O segundo tempo começou com uma mudança de comportamento por parte do América. Aos dois minutos, um cruzamento para a área quase virou gol contra de Moledo, que cabeceou por cima do próprio travessão.Sem reação, Mano fez duas trocas aos 10. Saíram Thauan Lara e Baralhas, entraram Nico Hernández e De Pena.Precisou de 14 minutos para, enfim, o Inter chutar. Um erro de saída de bola do América virou passe para Wanderson. Ele partiu para cima da defesa, driblou um zagueiro e bateu, na rede pelo lado de fora.
Aos 17, a torcida colorada viveu os dois extremos. Alan Patrick ganhou a disputa de um defensor e abriu para De Pena. O uruguaio cruzou, Mauricio vinha na corrida, se livrou de um adversário e fez o gol. A festa, porém, foi interrompida pelo chamado do VAR. O árbitro, que estava a um metro do lance, reviu a cena. Não só anulou o gol como expulsou Alan Patrick (que havia levado amarelo no primeiro tempo em um lance no qual não cometera falta).
Mancini, com a superioridade numérica, colocou alguns titulares, como Aloisio Boi Bandido. Mano mandou a campo Pedro Henrique, no lugar de Wanderson. Aos 33, mais trocas: Mauricio e Campanharo fora, Jean Dias e Johnny dentro. Aos 41, o Inter voltou a atacar. Pedro Henrique arriscou da entrada da área. Pasinato defendeu.
Três minutos mais tarde, um lançamento de Benítez para a área encontraria Alê. De Pena fez a cobertura e o jogador do América caiu. A arbitragem marcou pênalti. Aloisio Boi Bandido, aos 47, converteu: 1 a 0. Aos 56, outra falha defensiva colorada e Bustos fez mais um pênalti. O árbitro foi ao VAR para conferir o cartão. Expulsou o lateral colorado. Aloisio, aos 61, bateu do mesmo jeito: 2 a 0.
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