Inter goleia o Juventude e sobe na tabela do Brasileirão.

Colorado ultrapassou o Athletico-PR e agora seca o Corinthians para ficar no G-4.

Inter goleia o Juventude e sobe na tabela do Brasileirão.

A superioridade do Inter sobre o Juventude ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira. O 15º jogo seguido de invencibilidade em casa contro o time serrano, desta vez, foi válido pela 24ª rodada do Brasileirão. O Colorado goleou o time de Caxias por 4 a 0 e chegou aos 42 pontos, oito a menos do que o líder Palmeiras. 

Ao mesmo tempo, já são seis de vantagem sobre o sétimo colocado, o Atlético-MG, primeiro fora da zona de classificação à Libertadores. Caso o Corinthians não ganhe do Bragantino nesta segunda-feira, o Inter fecha a rodada na quarta colocação. Johnny foi o destaque da noite, com dois gols. Wanderson e Edenilson completaram o placar. 

Todo de preto, na estreia do terceiro uniforme, o Inter do interino Sidnei Lobo (Mano Menezes precisou cumprir suspensão pela expulsão na partida anterior) teve os mesmos jogadores de linha titulares nas partidas anteriores. A opção da comissão técnica foi pela manutenção de Johnny e Mauricio na equipe, com Alan Patrick e Edenilson no banco. No Juventude, o treinador Umberto Louzer mandou a campo Jadson como titular no meio e Paulo Henrique, lateral de origem, improvisado na linha de meias pela direita.

A primeira chegada do Inter foi aos cinco minutos. Alemão começou a jogada fazendo um pivô para Wanderson na esquerda. O ponteiro trouxe para dentro e passou a De Pena, que entregou para o centroavante bater, mas ao lado da trave. O Ju respondeu com Pitta finalizando uma ação tramada desde a direita até a esquerda. O chute, porém, saiu alto, sem perigo para Daniel.

Depois de 10 minutos de vantagens das defesas sobre os ataques, o Inter assustou, de fato, o goleiro do Juventude. Mauricio encontrou o espaço para dar a bola a Bustos. O lateral rolou para trás e Wanderson bateu de primeira, da entrada da área. No alto, Pegorari voou e espalmou para escanteio.

O Inter dominava as ações e não deixava o Juventude passar do meio-campo. Recuado, o time de Caxias se defendia com 10 jogadores próximos à intermediária. Cabia aos donos da casa fazer a bola girar e achar as brechas na marcação. Mauricio tentou aos 26. Johnny ganhou de Moraes e passou para o camisa 27, que ajeitou e bateu. A bola passou a centímetros da trave.

Aos 38, enfim, a insistência do Inter deu resultado. No sétimo escanteio do primeiro tempo, De Pena, desta vez, cobrou bem. Johnny antecipou a defesa e cabeceou bem, tirando do alcance de Pegorari: Inter 1 a 0.

O time da casa deixou de ampliar. Jadson foi desarmado na intermediária e Alemão pegou a sobra. Ele serviu Mauricio, que bateu de pé direito, mas fraco, nas mãos de Pegorari.

Aos 46, Alemão recebeu um passe de Wanderson entrando na área e foi chutado por Paulo Miranda. No primeiro momento, o árbitro não marcou. Mas, acionado pelo VAR, foi ao monitor, revisou o lance e marcou o pênalti. De Pena cobrou, Pegorari espalmou, mas Wanderson vinha na corrida e completou para o gol. A vantagem colorada estava ampliada antes do intervalo.

Os times voltaram do vestiário sem trocas. E demorou três minutos para chegar ao terceiro gol. O lance começou com Alemão passando por dois adversários e encontrando Wanderson sozinho na ponta esquerda. O camisa 11 teve calma para olhar a movimentação de Johnny. O cruzamento foi na cabeça do brasileiro naturalizado americano. E da testa de Johnny foi para o fundo da rede.

Nos minutos seguintes ao chegar à goleada, o Inter teve outras duas chances de fazer mais. Primeiro com Alemão, em contra-ataque armado por Mauricio, mas o centroavante chegou desequilibrado para bater. No segundo, Johnny, de fora da área, chutou por cima.

A partida, por óbvio, diminuiu de ritmo. Louzer, então, fez três trocas. Entre elas, chamou Chico Kim. O brasileiro de origem sul-coreana e família paraguaia foi aplaudido pela torcida do Inter, em uma clara alusão ao gol que salvou o Juventude da Série B no ano passado e, por consequência, rebaixou o Grêmio.

Sidnei Lobo também mexeu na equipe: Edenilson, mesmo vaiado, foi chamado com Alan Patrick para entrar nas vagas de Mauricio e Johnny. O ingresso do camisa 8, novamente, dividiu o estádio: a cada vez que tocava na bola, era vaiado por uma parte da torcida e aplaudido por outra.

A facilidade colorada era gritante. Aos 28, o Inter chegou a marcar o quarto, novamente em escanteio. De Pena cruzou, Vitão desviou e fez o gol. Mas Bruno Arleu de Araújo, após consulta ao vídeo, anulou por falta de Wanderson no goleiro. Alemão, três minutos depois, quase fez o dele. O centroavante recebeu de Alan Patrick, entrou na área, driblou um zagueiro e bateu. Pegorari salvou.

Pedro Henrique e Taison foram chamados. O camisa 7 também foi vaiado e imediatamente aplaudido. Eles substituíram De Pena e Wanderson. Taison logo chutou a gol. Em contra-ataque pelo meio, ele conduziu e arriscou da intermediária. O goleiro defendeu. Pedro Henrique, pouco depois, avançou pela direita e mandou cruzado. Pegorari espalmou.

Mais duas chances em um mesmo lance. Aos 42, Alan Patrick encheu o pé e a bola explodiu no peito do goleiro. No rebote, Pedro Henrique cruzou e Taison cabeceou por cima. Só que, na origem, Edenilson foi atingido fortemente na área. O VAR chamou e o árbitro, que confirmou o pênalti.

Edenilson teve a chance da redenção. Mesmo na hora da cobrança ouviu vaias, que foram abafadas pelos aplausos. Ele não se intimidou: cobrou exatamente do jeito que sempre bateu. Deu passinhos lentos, chegou na bola e, desta vez, acertou o ângulo. Todos os jogadores correram para comemorar com o camisa 8. Festa de Edenilson, dos atletas e da torcida. Inter 4 a 0, placar final.

 

 
 
Fonte: Gaúcha ZH
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