Dois times que se acostumaram a fazer gols nos finais fizeram valer a sina no Beira-Rio nesta quarta-feira (3). Pela terceira rodada da Libertadores, Inter e Nacional empataram em 2 a 2, com um gol colorado, aos 38, e um dos uruguaios, aos 45. Mercado e De Pena marcaram os gols do time de Mano Menezes, que foi para cinco pontos. O Nacional lidera o Grupo B, com sete.
Nos mistérios que manteve até a hora do jogo, Mano optou por Igor Gomes do lado direito da defesa, De Pena ao lado de Campanharo no meio e o quarteto final com Mauricio, Alan Patrick, Wanderson e Alemão. A maior capacidade de criação no meio-campo seria compensada com um lateral mais defensivo.
A partida começou com 25 mil pessoas nas arquibancadas e quase isso do lado de fora. Só a torcida do Nacional movimentou 40 ônibus no deslocamento desde a Arena, onde ficaram concentrados, até o Beira-Rio.
O Inter iniciou controlando a partida, embalado por uma torcida empolgada. Diante de um adversário fechado, tentava trocar passes para chegar ao ataque. A primeira ação ofensica perigosa ocorreu aos seis minutos. Alemão tabelou com Igor Gomes e recebeu na frente. Driblou um zagueiro e cruzou, no segundo pau. De Pena se atirou na bola e jogou para o meio. Wanderson se atrasou e tentou fazer o gol com a mão. Levou cartão amarelo.
Aos 10 minutos, gol. O primeiro escanteio já tinha dado o alerta, quando Vitão cabeceou e Rochet defendeu. O segundo, cobrado por Wanderson, encontrou a cabeça de Mercado, que não precisou nem pular. Inter 1 a 0.
Mesmo com a mudança no placar, o panorama não se alterou. O Inter seguiu propondo o ataque, e o Nacional se defendendo. Aos 23, Alemão arrancou pela esquerda, livrou-se de dois marcadores e deu na medida para Wanderson, que entrava em velocidade. Sozinho, o camisa 11 tirou de Rochet, mas também da trave e perdeu uma chance claríssima.
Levou 36 minutos para os uruguaios incomodarem Keiller. Zabala, de fora da área, arriscou. A bola voou por cima do travessão. A diferença é que o Nacional não precisou de muitas chances para empatar. Aos 38, o mesmo Zabala recuperou a bola no meio do campo, em uma dividida com Alemão e avançou. Passou por Alan Patrick e Campanharo. Deu sorte, porque seu passe bateu em Vitão e voltou para ele. De dentro da área, chutou no canto, sem chances para o goleiro colorado: 1 a 1.
Imediatamente, o estádio reagiu. A torcida subiu o som e o Inter voltou ao ataque. Igor Gomes foi ao fundo e cruzou, a bola passou por toda a extensão da área sem que Mauricio e Wanderson alcançassem. Na sequência, o time reclamou de um possível pênalti em cobrança de escanteio, em que Mercado foi seguro na área.
Pouco antes do intervalo, o Nacional esteve perto de virar. Um chutão para cima foi desviado e encontrou Pereiro, que desviou de Keiller. A bola saiu por centímetros.
Os times voltaram com as mesmas formações dos vestiários. E com posturas semelhantes. O Inter tentando o ataque, o Nacional contragolpeando. Apesar das tentativas coloradas, o Nacional estava fechado. E sem alternativas, Mano mexeu no time, aos 17. Saíram Igor Gomes e Wanderson, entraram Bustos e Pedro Henrique.
Aos 31, quando o Mano ia fazer novas substituições, chegou o gol do 2 a 1. Mauricio deu um belo passe para Pedro Henrique, que ganhou de Rochet e colocou na rede. Mas a bola bateu no braço do atacante colorado. Após quatro minutos de revisão, o lance foi anulado.
Vieram, então, as trocas. Saíram Alemão e Mauricio, entraram Lucca e Luiz Adriano. E, pela terceira vez no jogo, logo depois de um time perder uma chance clara, a resposta foi letal. Aos 38, Luiz Adriano achou Lucca no espaço vazio. O cruzamento do guri foi na medida para De Pena, que bateu de primeira, bem no cantinho. O Beira-Rio explodiu. Dos mais de 35 mil colorados no estádio, só De Pena não comemorou, em homenagem ao clube que o formou.
Aos 45, a segunda falha defensiva seguida do Inter cobrou o preço. Em um cruzamento da intermediária, Vitão errou e Noguera desviou de cabeça. A festa, então, mudou de lado e vestiu as cores dos uruguaios.
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