Em um primeiro tempo de amplo domínio, o Tricolor pecou pelas falhas nas finalizações, principalmente com relação a jogadores como Campaz e Biel, que deixaram a desejar no último passe, marcação e movimentação em campo. Na segunda etapa, o Vila Nova mostrou desempenho superior aos visitantes e assustou. Roger desfez o esquema com três zagueiros, mas, mesmo assim, o placar não foi aberto. Nos acréscimos, um possível toque de mão na zaga do Vila não foi sequer revisado pelo VAR, o que gerou uma grande reclamação da comissão técnica e jogadores.
Com a ausência de gols, erros e nervosismo
Ainda na escalação, a primeira surpresa. A ausência de Walter Kannemann. Ao longo da semana, Roger deu indícios que usaria o novo esquema com três zagueiros. A projeção era de que o argentino estivesse ao lado de Geromel e Bruno Alves. Porém, Rodrigues foi o escolhido para o setor defensivo. Kannemann não ficou nem ao menos no banco de reservas devido a uma gastroenterite.
Dentro de campo, com um Tricolor postado em 3-4-3, a primeira boa chance foi azul. O relógio ainda não marcava um minuto quando Villasanti chutou cruzado pelo lado direito de ataque. Tony fez boa defesa, a bola sobrou para Bitello, que tentou o cruzamento para a pequena área. Ninguém, no entanto, completou. O Grêmio assustou de novo aos oito. Em jogada rápida pela esquerda, Biel recebeu sozinho frente a frente com o arqueiro do Vila. O atacante pareceu hesitar em um primeiro momento e bateu em cima de Tony, que fez boa defesa.
Quase um minuto após a jogada de Biel, o Tricolor abriu o placar. Villasanti recupera a bola na grande área, chega a linha de fundo e cruza para Diego Souza, que completou para as redes. O placar estaria inaugurando se não fosse a arbitragem, que viu falta do volante do Grêmio no começo da jogada em Rafinha. Gol anulado.
Ao longo da primeira etapa o Grêmio fez valer a superioridade técnica. Com jogadas direcionadas principalmente entre Nicolas e Biel, o Tricolor tentava furar as linhas dos donos da casa, que em diversos momentos pressionavam a saída de bola, insistindo em um possível erro do esquema de Roger. O Vila assustou aos 24, em uma bate-rebate na zaga. A bola sobrou para Matheuzinho, que livre de marcação, pegou mal na bola e mandou por cima da meta de Brenno.
Nervosismo como marca da segunda etapa
O desempenho abaixo no final da primeira etapa foi decisivo para que Roger promovesse trocas. Campaz deixou o gramado para a entrada de Janderson, substituição que também era aguardada para Biel, que não fez um bom primeiro tempo.
A primeira metade da segunda etapa foi de amplo domínio dos donos da casa. O Vila assustava e o Grêmio recuava. A falta de criação e de poderio ofensivo fez com que Roger sacasse Diego Souza e promovesse a entrada de Elkeson. Em uma das raras movimentações, Janderson, que entrou bem pelo lado esquerdo, puxou o contra-ataque rápido e inverteu para Biel, que deixou para Bitello. O chute saiu forte, mas passou muito perto do canto esquerdo de Tony. O placar, que marcava 24 minutos, permaneceu inalterado.
Os mesmos três jogadores apareceram novamente aos 26. Janderson cruzou rasteiro do lado esquerdo para o lado direito, onde estava Bitello. O volante tocou para Biel, que simplesmente isolou a bola por cima da meta do Vila Nova. Talvez um dos principais pontos da etapa complementar foram as trocas de Roger, que pressionado pela ausência de gol, desfez o esquema com três zagueiros.Geromel e Bruno Alves continuaram a coordenar o setor no decorrer da partida.
E foi graças às trocas que o Tricolor pode assustar novamente. Elias, que entrou no lugar de Rodrigues, avançou pelo lado esquerdo e, na iniciativa individual, tentou o chute de fora da área. A bola escorregou pela rede do lado de fora, enganando até mesmo o público que estava no Serra Dourada. Quase que o placar saiu do 0 a 0 aos 32 minutos. A resposta do Vila veio aos 37. Sozinho na entrada da grande área, Matheuzinho recebeu e bateu colocado no canto direito de Brenno, que se esticou, mas não alcançou nada. Para sorte do Tricolor, o arremate, apesar de bem feito, foi para fora.
A medida que o placar deslizava os números do cronômetro, a impressão dentro de campo era de que o Grêmio se conteve com o empate diante do 19º colocado da Série B. Mesmo com a visível superioridade técnica, o esquema proposto por Roger Machaco não conseguiu traduzir o jogo em gols. A ausência de gols aumentou o nervosismo do elenco, que errou em diversos momentos.
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