Os últimos anos foram de tortura para os torcedores celestes. Bicampeão da América, tri do Brasileirão, o clube das alterosas comemorava o hexa da Copa do Brasil um ano antes da queda. E não foi um rebaixamento como de outros grandes. Wagner Pires de Sá deixou a cadeira presidencial expulso pelo Conselho Deliberativo. 

“Não é absurdo falar que estivemos perto de fechar a porta”, declarou o atual presidente Sérgio Santos Rodrigues, ao comentar a situação do clube antes da chegada de Ronaldo. O Fenômeno desde abril de 2022 é dono da SAF do Cruzeiro com um aporte financeiro milionário para “tirar o paciente da UTI”, como chegou a declarar ao assumir.

O Grêmio começou seu período virtuoso também na Copa do Brasil. O Penta em 2016 deu início à série de conquistas nos anos seguintes chegando ao ápice com o tri da Libertadores. A gestão Romildo Bolzan Júnior, porém terminou o oitavo ano de mandato constrangida e questionada. A ponto do dirigente abrir mão de sua candidatura ao governo do Estado e, no último gesto político, para voltar à elite nacional, tratar com Renato para comandar o time nas dez últimas rodadas enquanto Roger Machado orientava o treino para o jogo do dia seguinte.

Alberto Guerra herdou o clube onde o superávit virou folclore. A atual diretoria assumiu na virada do ano com os cofres raspadosehoje comemora a redução de 15% da folha do futebol mesmo com a reformulação do grupo de jogadores.

De dezembro de 2019, incluindo os enfrentamentos da temporada passada pela Série B conquistada pelos mineiros, Brenno, Geromel, Kanneman, Darlan e Ferreira seguem no elenco. Do outro lado, a transformação foi mais radical. Não há resquícios do time rebaixado. Sábado à noite no Independência, o Cruzeiro faz o primeiro jogo em casa após a estreia com derrota para o Corinthians, em São Paulo.