O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que o governo estuda liberar mais três parcelas do auxílio emergencial, pago a trabalhadores informais, desempregados e autônomos como forma de atenuar os efeitos do novo coronavírus na economia. O anúncio foi feito durante transmissão ao vivo em rede social, ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Ainda segundo o presidente, as novas parcelas vão ter valores decrescentes.
"O auxílio emergencial vai partir para uma adequação. Serão com toda certeza R$ 1.200 em três parcelas. Deve ser dessa maneira, estamos estudando: R$ 500, R$ 400 e R$ 300", afirmou Bolsonaro. Inicialmente, o auxílio de R$ 600 seria pago por três meses, a contar de abril passado. Cada pagamento custa cerca de R$ 51 bilhões mensais aos cofres públicos.
O anúncio da prorrogação ocorre após pressão do Congresso e apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que afirmou em suas redes sociais que a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial é ajuda "urgente" e para "agora". Além da extensão do auxílio, o Congresso articula propostas de renda mínima e até a criação de uma frente parlamentar para discutir a ideia. Em reação, a equipe econômica quer propor a criação de um novo programa social - o Renda Brasil -, em substituição ao Bolsa Família.
Durante a transmissão, Guedes disse que a ideia do pagamento escalonado teria partido do próprio Bolsonaro e que deve servir como uma adequação. "À medida que a economia começa a se recuperar e andar novamente, as pessoas vão devagar se habituando", disse o ministro.
Mais cedo, o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, chegou a anunciar numa rede social a proposta de prorrogar o pagamento do auxílio emergencial, mas logo depois apagou a mensagem. Procurada, a assessoria de imprensa da pasta afirmou que a publicação fora um "equívoco" e que os valores ainda estavam sendo discutidos internamente no governo.
Ainda durante a transmissão de ontem, o ministro da Economia afirmou que desde o início da pandemia o governo injetou R$ 350 bilhões na economia do País, sendo R$ 150 bilhões em recursos para o auxílio emergencial e R$ 150 bilhões em ajuda a Estados e municípios, além do socorro de cerca de R$ 50 bilhões para que empresas mantivessem empregos sem demitir funcionários.
Ainda segundo ele, "nunca houve tanto dinheiro para Estados e municípios".
Fonte: Correio do Povo/
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