Assim como milhares de pequenos produtores rurais que contribuem para o sucesso do agronegócio catarinense, a família Bortese convive há meses com os efeitos devastadores causados pela estiagem em Santa Catarina. Com a produção dedicada à bovinocultura de leite e avicultura de corte, estimam que a provisão de ração animal não dure mais que 40 dias. Para piorar, a alta demanda pelos insumos esgotou a oferta no mercado, não antes das pastagens, que fatalmente sucumbiram à pior crise hídrica dos últimos 15 anos no Estado.
A Secretaria da Agricultura mantém diversos programas de apoio e fomento direcionado ao atendimento, principalmente, dos produtores rurais impactados pela seca. A prioridade é de fomentar a elaboração e execução de projetos para ampliar a captação e o armazenamento de água, entre outras ações emergenciais para combater a estiagem. “Estamos emitindo laudos para prorrogação de dívidas dos produtores e realizando perícias em lavouras financiadas para a obtenção do Seguro Agrícola. Vamos trabalhar incansavelmente para assistir os agricultores atingidos”, declara o secretário Ricardo de Gouvêa.
De acordo com o Boletim Hídrico publicado na última quarta-feira, 18, o volume de chuvas nas regiões que mais necessitam de água neste momento, foi abaixo da média histórica. O relatório produzido pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (Sema), em conjunto com a SDE, aponta que, dos 295 municípios catarinenses, 143 permanecem em condição de normalidade; 83 em estado de atenção; 28 em alerta; e 25 em estado crítico frente a estiagem. Em relação ao boletim anterior, são 15 municípios a mais que enfrentam as situações mais graves.
“É preciso se repensar o consumo da água. Evitar banhos longos e verificar os vazamentos em suas casas, por exemplo. A preservação do meio ambiente, por meio de um consumo mais sustentável e de um descarte correto do lixo, também auxilia na preservação e recuperação de mananciais”, destaca.
ATIVIDADES COM MAIOR DESPERDÍCIO DE ÁGUA/DIA:
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