Governo de SC prevê investir R$ 150 milhões para reduzir danos da estiagem.
Valor será investido em sistemas de captação, armazenagem e uso de água para ampliar a resistência hídrica no meio rural.
Para ampliar a resistência hídrica no meio rural e minimizar os impactos das recorrentes estiagens, o governo de Santa Catarina oferecerá um novo aporte de recursos aos produtores rurais. O valor será para investimentos em sistemas de captação, armazenagem e uso de água.
O recurso será por meio do Programa SC Mais Solo e Água que em 2022 terá R$ 100 milhões disponíveis. Também existe a sinalização da ALESC (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) de mais R$ 50 milhões para reforçar as ações.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, nesta quinta-feira (5), durante reuniões com 58 prefeitos das regiões Oeste e Extremo-Oeste.
“O SC Mais Solo e Água foi um investimento certeiro no meio rural catarinense e está diminuindo a fila de espera para o recebimento de água. Nós queremos que cada vez mais produtores acessem os recursos para investir em captação e armazenagem de água, além da recuperação de fontes e nascentes, só assim estaremos mais preparados para enfrentar as estiagens – que já se tornaram recorrentes em Santa Catarina”, destacou.
Segundo o secretário, em 2021, foram R$ 100 milhões em investimentos, que beneficiaram mais de 2,4 mil agricultores e 100 prefeituras. O Programa SC Mais Solo e Água possui linhas de apoio especiais com descontos que podem chegar a 75% do valor contratado no financiamento para construção de sistemas de armazenagem e distribuição de água.
Resultados
De acordo com o prefeito de Flor do Sertão, Sidnei José Willinghofer, as ações já apresentam resultados no município e diminuíram a demanda por água no meio rural. “O caminho, de fato, é guardar água. Nós fizemos um trabalho em parceria com a Epagri de conscientização de produtores para construção de cisternas e hoje podemos ver os resultados.”
Durante o encontro, Altair Silva confirmou ainda a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a Chapecó na próxima quarta-feira (12), para avaliar a situação da estiagem no Estado.
Segundo a agenda oficial, a ministra conhecerá duas propriedades rurais afetas pela falta de chuvas e terá uma reunião com lideranças e representantes dos municípios da região Oeste e Extremo-Oeste.
SC Mais Solo e Água
Na linha Água para Todos, os produtores terão acesso a até R$ 100 mil, sem juros e com cinco anos de prazo para pagar. Podem ser feitos investimentos em captação, armazenagem, tratamento e distribuição de água na propriedade rural. Os beneficiários adimplentes terão uma subvenção de 50% no valor das parcelas, ou seja, o governo do Estado pagará metade do financiamento.
As famílias em situação de vulnerabilidade social e de renda terão um apoio ainda maior. O limite será de R$ 20 mil, sem juros e com cinco anos de prazo, e o bônus chega a 75% em caso de pagamento das parcelas em dia. Na prática, se o produtor acessar o valor máximo do financiamento (R$ 20 mil), ele irá pagar apenas R$ 5 mil, sendo o restante garantido pela Secretaria da Agricultura.
Os produtores rurais contam com apoio, também, para isolamento e recuperação de mata ciliar, proteção e recuperação de nascentes, terraceamento e cobertura do solo. Na linha Cultivando Água e Protegendo o Solo, estão disponíveis financiamentos de até R$ 30 mil, sem juros e com cinco anos para pagar. Os beneficiários adimplentes receberão subvenção de 50% no valor das parcelas.
Linhas emergenciais
A Secretaria da Agricultura mantém ainda dois programas com crédito emergencial para atender os agricultores catarinenses. Com o Reconstrói SC, os produtores têm acesso a financiamentos de até R$ 10 mil, sem juros e com cinco anos para pagar, para recuperação de sistemas produtivos. Caso o pagamento seja feito em dia há um desconto de 50%.
“Esse Programa pode ajudar nessa questão de custeio, para fazer a recomposição de pastagens e aquisição de sementes. É muito importante que os agricultores procurem os escritórios da Epagri, principalmente os produtores de leite, que tiveram prejuízos com as pastagens”, explica o secretário adjunto da Agricultura, Ricardo Miotto.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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