Após a acusação pública, em janeiro, da ausência do recebimento da porcentagem dos direitos econômicos pela transferência de Pepê ao Porto-POR, o Foz-PR ameaça o Grêmio de ingressar na Justiça. O clube, que corre risco de rebaixamento no Campeonato Paranaense, cogita entrar com um processo contra o Tricolor por danos morais pela situação.
A revelação foi feita pelo presidente da equipe do oeste do Paraná, Arif Osman, para GZH. Caso a tendência de queda no estadual seja confirmada, além do montante solicitado, o clube quer mais uma quantia por atrelar os maus resultados dentro de campo com a falta de recursos:
— O Grêmio responderá por isso também. Danos e prejuízos por não enviar o nosso dinheiro. E o Foz cair pra segunda divisão — complementou.
Recentemente, procurado pela reportagem, o Tricolor garantiu que também espera um posicionamento do CNRD para acertar o repasse com os merecedores do dinheiro.O presidente do Foz não poupou críticas à antiga gestão gremista:
— O Grêmio está querendo pagar empresários por um erro do antigo presidente e do CEO. Cometeram um erro: querem pagar a terceiros. Direitos econômicos é somente de clube para clube. É simples. Esse erro cai custar caro — disparou Osman.
— A ação sobre danos e prejuízos será feita depois, se precisar realmente. Espero que não. O Foz tem duas rodadas, mas isso seria mais uma ação caso eles não cumpram a parte deles de nos repassar o nosso dinheiro, os R$ 30 milhões. Espero que não seja preciso, que o Foz sobreviva, mas realmente nos deram um sufoco, e o estresse é iminente — acrescentou.
Atualmente, para escapar do rebaixamento, o Foz precisa de duas vitórias nas duas últimas rodadas, diante do Operário, em casa, e Cascavel, fora. Além disso, resultados paralelos precisam ocorrer para o clube deixar a lanterna.Entenda o caso
O Grêmio vendeu Pepê ao Porto em 2021. O valor pago pelos portugueses foi de R$ 98 milhões na época. O Tricolor tinha 70% dos direitos econômicos, enquanto o restante gera o imbróglio. O Foz alega que todo o percentual lhe pertence, mas na Arena há garantias que houve comunicação dos paranaenses informando sobre a revenda de 20% para empresários.
Em nota enviada no dia 13 de janeiro para GZH, o Grêmio reafirmou a sua posição:"Existe um imbróglio judicial gerado pelo próprio clube paranaense, envolvendo o Grêmio e terceiros, e que tramita na CNRD (Câmara Nacional de Resoluções de Disputa). Este imbróglio gera dúvidas em relação a quem pagar. Em razão disso, iremos aguardar uma decisão formal dos órgãos competentes sobre para quem devemos efetuar o pagamento dos valores, para não correr o risco de ser obrigado a pagar duas vezes as quantias acordadas em contrato".
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