O Flamengo consegue uma vitória convincente, que serve para atenuar a eliminação nas quartas de final da Copa do Brasil para o São Paulo. E renova a esperança do time em se reencontrar na briga pelos dois títulos que tem pela frente: o Brasileirão e a Copa Libertadores.
Antes do jogo, Rogério Ceni já avisava que não iria inventar nada. Só manter o que sempre funcionou no Flamengo desde a temporada passada: "Vamos repetir o que foi feito em 2019. Arrascaeta de um lado, Éverton Ribeiro do outro, e dois velocistas na frente (Vitinho e Bruno Henrique)". Faltou explicar que Willian Arão e Gerson ficariam postados na proteção ao sistema defensivo que vinha sendo uma peneira.
O gol só deu mais tranquilidade para o Flamengo executar o que estava planejado. Tocar a bola em dois toques, virar o jogo dos dois lados e manter a movimentação intensa, pressionando o adversário na saída de bola. Aos 24 minutos, Bruno Henrique disparou sozinho, entrou na área e tentou passar por Wilson, que fechou o ângulo. Desequilibrado, ele bateu para fora.
Mas Arrascaeta não desperdiçou o cruzamento perfeito de Isla, pelo lado direito, e bateu de chapa no canto para ampliar o placar aos 26 minutos. A pressão não parou e quase que Éverton Ribeiro marcou aos 30, após receber passe de Bruno Henrique e bater colocado. Wilson já caía para o lado esquerdo, mas evitou o gol tocando a mão e o pé no alto.
Éverton Ribeiro chegou perto do gol, de novo, aos 38 minutos. Isla levantou na segunda trave, Bruno Henrique ajeitou de cabeça e o meia, na pequena área, tocou de cabeça. Mas a bola tocou no travessão e saiu. Três minutos depois, em jogada ensaiada, Éverton Ribeiro cobrou falta por cima da barreira para a finalização de esquerda de Bruno Henrique, que acertou a trave direita de Wilson.
Nem mesmo o esquema de três zagueiros e uma linha de cinco jogadores no meio de campo foram suficientes para o Coritiba barrar a pressão flamenguista. No início do segundo tempo, em menos de cinco minutos, o Flamengo criou três chances de gols, a melhor delas quando a defesa parou pedindo impedimento e Bruno Henrique voltou a ficar na frente de Wilson. O atacante tentou dar por cima, mas o goleiro desviou com o braço e a defesa aliviou.
Só aos 33 minutos é que Rogério Ceni promoveu as primeiras mudanças no Flamengo e por atacado. Primeiro com Diego no lugar de Gerson e Lázaro na vaga de Éverton Ribeiro. Três minutos depois com Matheuzinho na vaga de Isla e Michael no lugar de Bruno Henrique. Por fim, Pedro Rocha ocupou o lugar de Vitinho.
O revigorado Flamengo agora foca as suas atenções na Libertadores porque nesta terça-feira vai enfrentar o Racing, na Argentina, pela oitavas de final. O jogo de volta será disputado no Rio de Janeiro, no dia 1.º de dezembro.
O Coritiba já vai tentar a reabilitação na próxima quarta-feira, quando receberá o Corinthians, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.
CORITIBA - Wilson; Mailton (Jonathan), Rodolfo Filemon, Sabino e William Matheus; Nathan Silva (Bryan Lucumí), Matheus Salles, Matheus Galdezani (Yan Sasse) e Giovanni Augusto; Robson (Matheus Bueno) e Osman (Mattheus Oliveira). Técnico: Rodrigo Santana.
GOLS - Bruno Henrique, aos 2, e Arrascaeta, aos 26 minutos do primeiro tempo; Renê, aos 30, e Mattheus Oliveira, aos 47 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Willian Arão (Flamengo); Rodolfo Filemon e Matheus Sales (Coritiba).
ÁRBITRO - Ricardo Marques Ribeiro (MG).
RENDA E PÚBLICO - Jogo com portões fechados.
LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).
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