Erros individuais tiraram o Flamengo da decisão do Mundial de Clubes. O time rubro-negro caiu na semifinal do torneio disputado no Marrocos ao levar 3 a 2 do Al Hilal nesta terça-feira (7). A equipe brasileira jogou mal e foi dominada. Teve Gerson expulso e cometeu dois pênaltis no primeiro tempo, ambos convertidos com precisão pelo meio-campista Salem Al-Dawsari, que viu o companheiro Vietto selar o triunfo na etapa final. Pedro foi só um dos poucos que brilhou. O centroavante fez os dois gols dos cariocas, mas não foi o suficiente.
Liderados pelo seu craque, Al-Dawsari, algoz da Argentina na Copa do Mundo e agora do Flamengo, o Al Hilal jogará a final contra o gigante Real Madrid ou o Al Ahly, do Egito, que se enfrentam nesta quarta (8). A decisão será disputada no sábado (11), às 16h (de Brasília), em Rabat. Ao Flamengo, resta a disputa pelo terceiro lugar, no mesmo dia, às 12h30min.
Frustrou-se o torcedor rubro-negro que esperava ver o time numa final de Mundial pouco mais de três anos depois de o Flamengo perder do Liverpool em 2019. A equipe do português Vítor Pereira dependeu de lampejos de seus principais jogadores, mostrou um futebol pobre tecnicamente e cometeu falhas individuais determinantes para o fracasso no Marrocos.
A derrocada rubro-negra começou com Matheuzinho, aos três minutos. O jovem lateral derrubou Vietto na área e viu Salem Al-Dawsari converter a penalidade. O melhor momento do Flamengo foi depois de sofrer esse primeiro gol, quando o time conseguiu fazer triangulações e buscou o empate graças ao talento de Pedro, que recebeu de Matheuzinho dentro da área e bateu de chapa no canto direito, aos 20.
Ali, o flamenguista pensou que seria possível repetir o cenário da semifinal de 2019, quando a equipe virou para 3 a 1 sobre o mesmo Al Hilal. Ocorre que os sauditas são melhores, mais preparados e mais experientes do que eram há pouco mais de três anos. E o Flamengo não é mais aquele de Jorge Jesus. A base foi mantida e reforçada, mas o time, sob o comando de Vítor Pereira, é frágil defensivamente, desorganizado em momentos importantes e muito dependente da individualidade de seus craques.
Para piorar, Gerson, protagonista em sua primeira passagem, ainda não justificou os R$ 90 milhões investidos nele para repatriá-lo. O meio-campista fez pênalti nos acréscimos, assinalado com o auxílio do VAR, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Na cobrança, Salem Al-Dawsari bateu com frieza e categoria e recolocou o time asiático à frente do placar.
Com um a menos, o segundo tempo do Flamengo foi trágico. Vítor Pereira sacou Arrascaeta e colocou Pulgar para reforçar o meio-campo. A estratégia não deu resultado. Tirou o poder de criatividade da equipe e a manteve exposta. Melhor para o Al Hilal, que, fisicamente mais inteiro do que o rival, dominou a segunda etapa e só não goleou porque não conseguiu encaixar todos os seus contra-ataques.
Um, porém, o time saudita encaixou depois do erro de Pulgar. Salem acionou Vietto, que gingou na frente de David Luiz e bateu bonito, no alto, para sacramentar o resultado dolorido para o Flamengo e entusiasmante para o Al Hilal, um time mais coeso do que o rival carioca, perdido e dominado, sobretudo na etapa final, quando teve de ouvir "olé" das arquibancadas no Marrocos.
No fim, Pedro, quase que um craque solitário, fez mais um, após cair em seus pés chute desviado de Gabriel. Seu gol saiu nos acréscimos da partida, aos 46 minutos. Não havia mais tempo para uma reação.
Flamengo perde para o Al Hilal e é eliminado na semifinal do Mundial de Clubes.
Equipe brasileira teve Gerson expulso, cometeu dois pênaltis e foi dominada pelos sauditas.
Fonte: Gaúcha ZH
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