Eu voltava do almoço de domingo (4), lá no Embarcadero, encantado com as belezas do Guaíba e pensando como, por vezes, somos uma sociedade atrasada. Ficamos, por muitos anos, discutindo a utilização do rio com ações para as pessoas, sempre condenados a ver o muro da Mauá e ter que ficar contente com aquilo. Toca meu celular, e um importante conselheiro do Grêmio me diz que muitos colegas dele foram para cima de Luiz Felipe Scolari para treinar o Tricolor. 

Isto tudo antes da derrota para o Atlético-GO. Mais um fracasso. Acontece que Felipão saiu brigado com Romildo Bolzan. Amargurado, ele dizia que nunca mais trabalharia com o presidente. Já Bolzan dizia que "se conhece um ídolo conhecendo melhor". Ou seja, dos dois lados há muitas restrições importantes para marcar uma reconciliação. De um lado, internamente, foi feita a cabeça do presidente por causa da necessidade. De outro lado, um grupo de conselheiros amigos do treinador. E, pelo que sei, a cabeça do Felipão foi feita. 

À noite, depois da partida, um outro dirigente do futebol gaúcho me passa duas mensagens. O primeiro diz: "Aposta todas as fichas no Felipão". O segundo recado diz: "De 1 a 10, nota 11 de que Felipão será treinador do Grêmio". O anúncio deve acontecer durante a segunda-feira (5), mas as conversas com Scolari começaram por volta das 0h. O treinador terá novamente o ex-zagueiro Paulo Turra como auxiliar técnico.