O uso de vape e cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de desenvolver insuficiência cardíaca em até 19%. O dado faz parte de um estudo que será apresentado no domingo, dia 7, no encontro anual da American College of Cardiology, em Atlanta, no estado da Geórgia. De acordo com a pesquisa, o uso de nicotina aerossol sem combustão (comum aos cigarros eletrônicos, vapes e demais dispositivos eletrônicos para fumar) tem efeitos nocivos à saúde do coração.
Entenda a relação
A insuficiência cardíaca é um problema de saúde grave que causa dificuldades na circulação sanguínea. Ela atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil e, nos casos mais graves, os pacientes precisam passar por um transplante de coração.De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a doença ocorre quando o coração não tem mais capacidade para enviar oxigênio ao sangue, prejudicando o funcionamento correto de todos os tecidos e demais órgãos do corpo.
Primeiramente, é preciso entender que essa patologia é mais comum em pessoas com pressão alta. Isso porque, nesses casos, o coração necessita de mais força para bombear o sangue, causando dilatação ao decorrer do tempo. A doença não tem cura. Entretanto, é possível controlar a doença com uso regular de remédios e cuidados com a alimentação.Detalhes sobre o estudo
Para o estudo, os pesquisadores usaram informações de pesquisas e registros eletrônicos de saúde do All of Us, uma base de dados de saúde de adultos dos Estados Unidos. Dos 175 mil indivíduos pesquisados ao longo de 45 meses, 3,2 mil tiveram insuficiência cardíaca.
Analisando a população que fumava cigarros eletrônicos e a que não fazia uso do dispositivo, a pesquisa apontou uma correlação entre os hábitos. Dessa forma, revelou que 19% a mais de chance de aparecimento do quadro entre as pessoas que usam cigarros eletrônicos.
O uso dos equipamentos tem mais relação com um tipo de insuficiência: a fração de ejeção preservada (ICFEp). Ela leva a um enrijecimento do músculo cardíaco, dificultando que o coração se encha. Por muitos anos, este diagnóstico foi associado ao envelhecimento, especialmente em mulheres, e a doenças crônicas como a diabetes e a pressão alta, por exemplo.
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