Santa Catarina tem 125 cidades com decretos de emergência assinados por conta da seca. O número representa 42% dos municípios catarinenses, segundo dados da Defesa Civil atualizados na terça-feira (22). Na agricultura, as perdas provocadas pela estiagem histórica causada pelo baixo volume de chuva chegaram a R$ 3,7 bilhões em fevereiro.
Em Chapecó, no Oeste catarinese, que decretou emergência na quinta-feira (17), famílias inteiras ficam dias sem receber água nas torneiras. De acordo com a moradora Rafaela Rodrigues, de 26 anos, que está grávida, não há abastecimento suficiente para preparar alimentos.
"Não tem nem água para fazer um almoço, precisamos comprar marmita. Temos que nos virar, com criança em casa, eu gestante. Até tem como ficar sem luz, mas sem água não dá. É uma situação desumana, não se sabe mais para que lado ir", disse.
Em 2020, o estado igualou a pior seca da história do estado, registrado anteriormente em 1957. Desde então, ela vem se mantendo por causa da falta de chuva, informou a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), órgão que monitora as condições do tempo no estado.Em dezembro de 2021 e em janeiro e fevereiro deste ano as chuvas ficaram abaixo da média, que variou entre 30 a 40 mm. O esperado seria em torno de 150 mm, de acordo com a Epagri.
Segundo o hidrólogo Guilherme Xavier de Miranda Junior, desde 2019 as cidades catarinenses sofrem com a seca. No ano passado a situação amenizou, apesar das ocorrências de chuva ainda ficarem abaixo do esperado. Para este ano, a previsão é de pouco volume de chuva para os próximos três meses.Agricultura
Em termos econômicos, segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), a cultura agrícola mais atingida até o momento é a soja primeira safra, que já soma prejuízos de R$ 1.575.898.632,6.No caso do milho grão, o prejuízo para economia catarinense é de R$ 1.473.045.105,1, causado por uma perda de 936.285,8 toneladas do grão. O número representa quebra de 34,5% na safra.
A primeira safra de feijão é outra que sofre com a pouca chuva em Santa Catarina. Até o momento, a estimativa de produção é de 53.066,4 toneladas, ou seja, 15.358,1 toneladas a menos do que o estimado incialmente, uma quebra de 22,4%. O prejuízo previsto é de R$ 63.049.926,9.Veja a lista das cidades em situação de emergência
Dionísio Cerqueira
Bom Jesus do Oeste
Iraceminha
Tigrinhos
Cunhataí
Riqueza
Maravilha
São Miguel do Oeste
Nova Itaberaba
Tangará
Barra Bonita
Coronel Freitas
Cordilheira Alta
Modelo
Nova Erechim
Descanso
Mondaí
Santiago do Sul
Saltinho
Flor do Sertão
Xaxim
Águas de Chapecó
Santa Terezinha do Progresso
Caibi
Anchieta
Campo Erê
Zortéa
Arvoredo
São Miguel da Boa Vista
Belmonte
Quilombo
Palmitos
Santa Helena
Romelândia
Santa Terezinha
Santa Helena
Paraíso
Coronel Martins
Caxambu do Sul
Irati
São Lourenço do Oeste
São José do Cedro
Xanxerê Estiagem
Entre Rios Estiagem
Cunha Porã
Iporã do Oeste
União do Oest
Abdon Batista
Jardinópolis
Itapirang
Guaraciaba
São Domingos
São Bernardino
Faxinal dos Guede
Formosa do Sul
São João do Oeste
Lindóia do Sul
São Carlos
Ouro
Tunápolis
Monte Carlo
Bandeirante
Concórdia
Seara
Jupiá
Planalto
Princesa
Xavantina
Serra Alta
Vargeão
Peritiba
Capinzal
Abelardo Luz
Vargem
Novo Horizonte
Arroio Trinta
Lajeado Grande
Água Doce
Águas Frias
Ibicaré
Timbó Grande
Lebon Régis
Sul Brasil
Lajeado Grande
Marema
Brunópoli
Curitibanos
Ipuaçu
Paial
Campos Novos Estiagem
Passos Maia
Presidente Castello Branco
Palma Sola
Catanduva
Iomerê
Frei Rogério
Alto Bela Vista
Chapecó
Calmon
Celso Ramos
Saudades
Pinheiro Preto
Bom Jesus
Cerro Negro
Itá
Fraiburgo
Piratub
Galvão
Pinhalzinho
Videir
Anita Garibaldi
Salto Veloso
Ouro Verde
Otacílio Costa
Ipira Estiage
Arabutã
Guatambú
Ipumiri
Guarujá do Sul
Canoinhas
Campo Belo do Sul
Capão Alto
Irineópolis
Lages
Bom Retiro
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