Entidades estimam R$ 400 bi para Plano Safra 2023/2024.

Valor serve para custeio e investimentos do agronegócio no período, conforme foi ponderado em debate na Câmara dos Deputados.

Entidades estimam R$ 400 bi para Plano Safra 2023/2024.

Será necessário aproximadamente R$ 400 bilhões para o Plano Safra 2023/2024. O valor foi levantado durante debate na Câmara dos Deputados, que contou com entidades representativas do setor, parlamentares e representantes do governo federal. O montante estimado representa alta de 17% em relação ao previsto para a safra 2022/2023, que segue até 30 de junho. Do valor, 70% devem ser destinados ao custeio e à comercialização, e 30% devem cobrir investimentos.

A projeção apresentada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é de R$ 404 bilhões, enquanto a da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) é de R$ 410 bilhões. O representante do Ministério da Agricultura e Pecuária, secretário-adjunto de Política Agrícola Wilson Vaz de Araújo, também estima um valor próximo ao das entidades, mas destaca que ainda não há orçamento próprio e que as fontes de financiamento disponíveis ainda não alcançam todas as necessidades.

O subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, afirmou que o plano está em fase de elaboração e o valor será fechado nos próximos dias. “O nosso desafio, eu só vou reforçar, é buscar mais recursos. Lógico que vai ser uma ação do governo, e vai ter que depender do apoio do congresso, mas vai ser uma iniciativa do governo. E no momento nós estamos então primeiro tentando ampliar fontes de recursos, uma vez ampliada a fonte de recursos, tentar fechar o desenho de forma a atender o maior volume possível de recursos e de produtores”.

O diretor técnico da Confederação Nacional da Agropecuária (CNA), Bruno Barcelos Lucchi, apresentou um comparativo entre o crescimento do valor dos insumos tanto da agricultura quanto da pecuária, e destacou a importância de um Plano Safra que colabore com os produtores nesse contexto. “A situação do pecuarista e do agricultor para esse ano Safra é de margens apertadas, margens mais estreitas, por isso a necessidade de a gente ter um Plano Safra mais robusto, que ajude ele a passar por esse momento de turbulência de uma forma mais amena”, ponderou.

A audiência pública foi realizada por sugestão do deputado Sergio Souza (MDB-PR), pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. A reunião foi dirigida pelo deputado Tião Medeiros (PP-PR), presidente da comissão. Participaram também outros deputados e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e do Banco do Brasil.



Fonte: Brasil 61

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