Em meio a crise, SC terá contrato emergencial de 180 dias para gestão do Samu.

A Fahece (Fundação de Apoio ao Hemosc e ao Cepon) irá assumir o serviço a partir de 1º de janeiro de 2022.

Em meio a crise, SC terá contrato emergencial de 180 dias para gestão do Samu.
A gestão do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) terá um contrato emergencial de 180 dias, assumida pela Organização Social Fahece (Fundação de Apoio ao Hemosc e ao Cepon), conforme anúncio do governo de Santa Catarina nesta quinta-feira (23).

 

O superintendente de urgência e emergência da Secretaria de Estado da Saúde, Diogo Bahia Losso, afirmou que o trabalho não será interrompido e “nenhum trabalhador ficará para trás”.

A entrevista coletiva desta amanhã reuniu, além de Losso, o presidente do conselho curador da Fahece, Aloizio Dobes, o presidente da entidade, Michel Scaff, e o responsável técnico do Samu a partir de 1º de janeiro, Guilherme Genovês, para divulgar detalhes da nova gestão.

Na assembleia do SindSaúde/SC (Sindicato de Trabalhadores na Saúde), realizada na noite desta quarta-feira (22), os trabalhadores decidiram não interromper os os serviços, mas “uma paralisação não está descartada, dependendo do avanço das negociações”.

No dia 5 de janeiro está prevista a abertura dos envelopes do processo licitatório que irá analisar as propostas para a gestão do Samu. Com a confirmação da troca de gestão, tudo indica que a OZZ Saúde utilizará a verba do 13º salário nas rescisões de contrato.

Reunião para decidir pagamento de 13º

Na tarde desta quinta-feira, o governo do Estado, a OZZ e o sindicato irão se reunir com o Ministério Público do Trabalho para tentar uma conciliação em relação ao pagamento do 13º salário.

Segundo Losso, o impasse sobre a falta de pagamento do 13º salário aos trabalhadores é uma relação trabalhista entre a OZZ e os funcionários, e que o Estado sempre pagou em dia pelo serviço. “Isso foi o que explicamos aos funcionários na reunião”, afirmou o coronel.

O SindSaúde/SC informou que os trabalhadores realizarão uma panfletagem ainda nesta quinta, para “dialogar com a população sobre a importância do Samu e como eles tão sendo prejudicados”.

O SindSaúde/SC tenta bloquear judicialmente os repasses do governo do Estado à OZZ Saúde para garantir o pagamento do 13º e das verbas rescisórias.

Conforme nota da entidade sindical, “o estado de greve dos trabalhadores do Samu da Grande Florianópolis permanece, sendo que uma assembleia pode ser marcada a qualquer momento diante de alguma novidade”.

Gestão compartilhada

Conforme o presidente da Fahece, todos os trabalhadores vão ser mantidos. A partir de 1º de janeiro, eles assinarão contrato com a Fahece e a OS não abrirá novo processo seletivo.

Assim, o Estado reassumirá o Serviço Aeromédico e as Centrais de Regulação Médica. Já a Fahece terá como responsabilidade a manutenção da base operacional do Serviço, o que inclui os profissionais do serviço que trabalham nas Unidades de Suporte Avançado, além da garantia de insumos de medicamentos e equipamentos.

A transição será concluída ainda neste ano, sendo responsabilidade compartilhada pelo Estado e a Fahece a partir do dia 1º de janeiro.

O novo responsável técnico pelo Samu Genovês, afirmou que estão realizando um levantamento de toda a infraestrutura do Samu para verificar a condição das ambulâncias. Se for necessário, entrarão em conato com o Ministério da Saúde para tentar conseguir uma nova frota.

 

 
 
 
Fonte: ND+
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