Os prefeitos da região da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc) se reuniram nesta terça-feira (07) em assembleia online para deliberações sobre diversos aspectos referentes à Pandemia do Covid-19. A reunião foi presidida pelo prefeito de São José do Cedro, Plínio de Castro, e teve a participação dos prefeitos dos municípios abrangidos, assessoria jurídica da entidade, da coordenadora do Colegiado Regional de Saúde, secretária de Saúde de Palma Sola, Débora Prevedello e o diretor do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, de São Miguel do Oeste, Jeferson Gomes.
NOVA SEDE
A reunião iniciou com a discussão sobre o andamento das obras da nova sede da entidade. O presidente da Ameosc, Plínio de Castro, salientou que a primeira etapa da obra, a da parte estrutural, já está em fase de conclusão. O investimento foi de mais de R$ 800 mil na primeira etapa. Já a segunda etapa, está sendo licitada. Porém, uma parte da obra ficará para uma terceira etapa ou licitação, que ficará sob responsabilidade da próxima diretoria da Ameosc.
A ideia inicial era de que a Ameosc, o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional (Conder) e o Consórcio de Saúde (CIS Ameosc) pudessem funcionar no novo local, mesmo antes da conclusão da obra. No entanto, faltaria uma parte dos recursos necessários em 2020 para dar andamento aos trabalhos e em meio à pandemia do Coronavírus seria inviável o investimento financeiro dos municípios.
A nova sede será construída no Bairro Agostini, em São Miguel do Oeste, próximo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O prédio será erguido com recursos da venda da antiga sede, arrematada em leilão na metade do ano passado. Desde julho de 2019, o atendimento da entidade ocorre no mesmo prédio onde funciona a Casan. O novo espaço contará com uma área total de 746,64 m². O município de São Miguel do Oeste fez a doação do terreno de 1.716 m².
LEITOS DE ENFERMARIA
O diretor do Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, Jeferson Gomes, participou da reunião e destacou a preocupação quanto à ocupação dos leitos de enfermaria do hospital para evitar o que chamou de “estrangulamento”. Gomes salienta que atualmente o hospital referência para tratamento de Covid-19 na região não tem problemas referentes ao número de leitos, no entanto, à preocupação quanto aos leitos de enfermaria.
“Hoje a situação da região é a seguinte: São Miguel do Oeste tem 27 leitos de enfermaria e o Hospital de Itapiranga que também havia sido reconhecido como referência para Covid-19, tem 25 leitos. No entanto, o Hospital de Itapiranga teve mudança de gestão e está sem contrato com o governo estadual. Por isso, só o Hospital de São Miguel do Oeste é referência na região. É preciso solicitar para que o Governo de SC reconheça outros hospitais da região quanto aos leitos de enfermaria”, explica.
O presidente da Ameosc orientou, dessa forma, que seja feito um levantamento dos hospitais da região quanto ao número de leitos de enfermaria que tem disponíveis. Os dados serão encaminhados ao Governo do Estado e Secretaria da Saúde, para que se estude a possibilidade da habilitação de outros hospitais para receberem pacientes, principalmente de outras patologias, mas também com sintomas leves de coronavírus.
ATIVIDADES ESPORTIVAS E CULTURAIS
Em decreto assinado no início do mês de junho, o Governo de Santa Catarina decidiu que eventos públicos como shows, teatros, cinemas e atividades esportivas poderiam ser retomados a partir de 5 de julho.
Um mês após, no entanto, durante a assembleia online os prefeitos da região avaliaram que a crescente nos casos de Coronavírus nos últimos dias é um indicativo de que ainda é cedo para a retomada das atividades. Por consenso, os gestores municipais decidiram manter a suspensão dessas atividades por mais 30 dias por meio de um decreto que será elaborado de forma coletiva.
Fonte: Ascom/Polo
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