A quarta-feira (23) terá quatro jogos válidos pela primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. Pela manhã, Marrocos e Croácia se enfrentam às 7h, no Estádio Al Bayt, e Alemanha e Japão duelam às 10h, no Estádio Internacional Khalifa.
Depois, no começo da tarde, às 13h, Espanha e Costa Rica jogam no Estádio Al Thumama. Fechando o dia, às 16h, Bélgica e Canadá medem forças no Estádio Al Rayyan.
Onde assistir aos jogos desta quarta-feira
Os canais RBS TV e SporTV anunciam transmissões ao vivo.
Marrocos
Bounou; Hakimi, Achraf Dari, Saiss e Mazraoui; Ounahi, Amrabat e Amallah; Ziyech, En-Nesyri e Sofiane Boufal. Técnico: Walid Regragui
Croácia
Livakovic; Vrsaljko, Lovren, Gvardiol e Barisic; Modric, Brozovic e Kovacic; Vlasic, Petkovic e Perisic. Técnico: Zlatko Dalic
Como chega o Marrocos
Eliminado na primeira fase da Copa de 2018, a seleção marroquina fez um campanha surpreendente nas Eliminatórias, com seis vitórias em seis jogos na primeira fase e, nos mata-matas, eliminou o Congo empatando fora e goleando em casa, por 4 a 1. Nos últimos amistosos, venceu o Chile por 2 a 0, empatou com Paraguai em 0 a 0 e goleou a Geórgia por 3 a 0. Agora, chega como azarão do Grupo F.
Em campo, os torcedores acostumados a acompanhar o futebol europeu verão nomes conhecidos. Os principais destaques do time são o lateral-direito Achraf Hakimi, do PSG, o meia meia-atacante Hakim Ziyech, do Chelsea, e o centroavante Youssef En-Nesyri, do Sevilla. O treinador é Walid Regragui, que assumiu a seleção há três meses no lugar de Vahid Halilhodzic, demitido por divergências sobre a preparação para o Mundial.
Como chega a Croácia
Vice-campeã mundial em 2018, a seleção croata vai se firmando como uma das principais equipes europeias. Após resultados ruins na Liga das Nações, logo após a Copa da Rússia, recuperou-se e mostrou força nas Eliminatórias ao garantir a classificação direta para o Catar com apenas uma derrota em 10 jogos, assegurando a liderança do grupo.
Dentro de campo, a aposta segue sendo em jogadores que estiveram na campanha de quatro anos atrás, como o craque Luka Modric, o constante Marcelo Brozovic e o artilheiro Ivan Perisic. Além deles, nomes como Kovacic e Kramaric também têm boa rodagem pela Europa. E há, ainda, o jovem zagueiro Gvardiol, 20 anos, do RB Leipzig, que é uma das revelações do futebol croata.
Alemanha
Neuer; Günter, Rüdiger, Süle e Thilo Kehrer; Kimmich e Goretzka; Sané, Musiala e Gnabry; Havertz. Técnico: Hans-Dieter Flick
Japão
Gonda; Nagatomo, Yoshida, Itakura e Tomiyasu; Endo e Morita; Ritsu Doan, Kamada e Minamino; Asano. Técnico: Hajime Moriyasu
Como chega a Alemanha
É apontada como candidata ao título mais pela tradição do que pelo momento. Tetracampeã mundial, a seleção teve desempenho vexatório na Copa de 2018, caiu nas oitavas de final da Eurocopa, no ano passado, para a Inglaterra, e foi eliminada na fase de grupos das três edições da Liga das Nações que ocorreram após o Mundial da Rússia. Os resultados levaram à troca de treinador, saindo Joachim Low e chegando Hans-Dieter Flick, em 2021. Nas Eliminatórias,a Alemanha venceu nove dos 10 jogos que disputou e garantiu a classificação.
Dentro de campo, a Alemanha não terá o atacante Timo Werner, lesionado, mas ainda conta com nomes de peso, como Neuer, Kimmich, Gündogan e Havertz. Outros dois jogadores importantes são dúvidas para os primeiros jogos, porque se recuperam de lesões: o zagueiro Rüdiger e o meia-atacante Müller. Outra curiosidade diz respeito ao atacante Youssoufa Moukoko, que no domingo (20) fez 18 anos. Se entrar em campo, ele se tornará o atleta mais jovem a disputar uma partida de Copa do Mundo pela seleção alemã, batendo a marca de Karl-Heinz Schnellinger.
Como chega o Japão
A seleção japonesa vai para a sétima edição seguida de Copa do Mundo, sendo que em três delas avançou às oitavas de final. A classificação nas Eliminatórias foi tranquila, com 15 vitórias, um empate e duas derrotas em 18 partidas. Neste ano, a equipe disputou oito jogos, com vitórias sobre Gana, Hong Kong, Coreia do Sul e Estados Unidos, empates contra China e Equador e derrotas para Tunísia e Canadá.
Apesar de só terem se enfrentado duas vezes na história, ambas em partidas amistosas, com uma vitória alemã (3 a 0, em 2004) e um empate (2 a 2, em 2006), os japoneses conhecem bem a Alemanha. Isso porque diversos titulares do Japão atuam na Bundesliga, o Campeonato Alemão. Entre eles, os zagueiros Maya Yoshida (Schalke 04) e Ko Itakura (Borussia Mönchengladbach), o ponta-direita Ritsu Doan (Freiburg) e o centroavante Takuma Asano (Bochum). Outros destaques da equipe são o lateral-direito Takehiro Tomiyasu (Arsenal) e o meia Takumi Minamino (Monaco), ex-Liverpool. As dúvidas no time titular ficam por conta de Endo e Morita, que se recuperam de lesões.
Espanha
Unai Simón; Carvajal, Eric García, Laporte e Jordi Alba; Busquets, Gavi e Pedri; Marcos Asensio, Morata e Dani Olmo. Técnico: Luis Enrique
Costa Rica
Keylor Navas; Martínez, Óscar Duarte, Francisco Calvo e Bryan Oviedo; Torres, Borges, Tejada e Jewison Bennette; Anthony Contreras e Joel Campbell. Técnico: Luis Fernando Suárez
Como chega a Espanha
Com apenas um remanescente do título de 2010, o volante Sergio Busquets, a seleção espanhola está renovada e cheia de jovens promessas. Nada melhor do que uma Copa do Mundo para confirmar ou, ao menos, elas amadurecerem no cenário mundial. Sob o comando do técnico Luis Enrique, a equipe teve resultados animadores: em 2021, foi semifinalista da Eurocopa e vice-campeã da Liga das Nações e, neste ano, garantiu vaga na fase eliminatória da competição.
Entre os principais destaques estão os jovens meio-campistas Gavi e Pedri, de 18 e 19 anos, respectivamente, ambos do Barcelona. Mas também estão na equipe nomes experientes e consagrados, como Azpilicueta, Jordi Alba, Koke e Morata. O único desfalque da seleção antes da Copa foi o lateral-esquerdo José Luis Gayá, lesionado. Para o seu lugar, foi chamado Alejandro Balde, mais uma promessa do Barça.
Como chega a Costa Rica
Após um início complicado nas Eliminatórias, o técnico Luis Fernando Suárez experimentou mais de 40 jogadores e, quando conseguiu achar o time ideal, conduziu uma reação surpreendente, garantindo a vaga na repescagem intercontinental, contra a Nova Zelândia. Com uma postura defensiva e jogadores veteranos, a Costa Rica aposta no trabalho do treinador colombiano e na experiência do goleiro Keylor Navas para surpreender. O problema é a chave difícil, ao lado das gigantes Espanha e Alemanha.
Além de Navas, outros nomes conhecidos e bastante rodados da equipe são os meio-campistas Celso Borges e Bryan Ruiz e o atacante Joel Campbell. Sem baixas no time para a Copa, a Costa Rica tentará fazer como em 2014 e superar grandes seleções para avançar às oitavas de final. Porém, nas últimas seis partidas pelo Mundial, não ganhou nenhuma — sua pior sequência na competição.
Bélgica
Courtois; Dendoncker, Alderweireld e Vertonghen; Meunier, Witsel, Tielemans e Carrasco; De Bruyne e Eden Hazard; Batshuayi. Técnico: Roberto Martínez
Canadá
Borjan; Johnston, Vitoria e Miller; Laryea, Eustaquio, Hutchinson e Adekugbe; Buchanan, Larin e David. Técnico: John Herdman
Como chega a Bélgica
Algoz do Brasil em 2018, a seleção belga chega com diversos jogadores que estiveram naquela partida de quatro anos atrás. Mesmo com a vice-liderança do ranking da Fifa e com a classificação invicta nas Eliminatórias para a Copa, a equipe não está entre as favoritas ao título. A queda nas quartas de final da Eurocopa, ano ano passado, e o fato de não ter avançado às semifinais da Liga das Nações tiraram o brilho da "geração belga".
Por mais que jogadores como De Bruyne e Courtois sigam em alta, outros nomes importantes da seleção, como Eden Hazard e Lukaku, convivem com problemas físicos e podem ficar de fora do time titular. Além disso, a Bélgica pouco renovou sua seleção, que está envelhecida. Assim, por mais que deva passar pela fase de grupos, poderá ter problemas contra equipes de maior expressão.
Como chega o Canadá
Esta será apenas a segunda participação do Canadá em Copas do Mundo. Trinta e seis anos depois de jogar três partidas no Mundial do México, os representantes da América do Norte tentarão, no Catar, vencer pela primeira vez. Ou, na pior das hipóteses, fazer um gol. Na Copa de 1986, foram três derrotas, cinco gols sofridos e nenhum marcado. Agora, terá um grupo mais cascudo para, enfim, ganhar os holofotes antes de sediar o próximo campeonato.
O craque da seleção canadense é Alphonso Davies, do Bayern de Munique. No clube alemão, ele é lateral-esquerdo, mas pelo Canadá atua mais avançado. Porém, ele se recupera de uma lesão na coxa direita e é dúvida para a estreia. Mas, além dele, os atacantes Jonathan David, do Lille, e Cyle Larin, do Club Brugge, são bons nomes do time. O treinador, o inglês John Herdman, também é uma aposta. Ele treinou a seleção feminina do país, com duas medalhas de bronze em Olimpíadas, e assumiu a equipe masculina em 2018, levando a nova geração ao Mundial após 36 anos.
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