O comunicado das três primeiras plantas brasileiras habilitadas para a comercialização de carne suína para o mercado do Canadá foi feito nesta semana pelo MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). As unidades estão localizadas no Oeste e Extremo-Oeste de Santa Catarina.
As plantas habilitadas são as unidades de Itapiranga e São Miguel do Oeste, da Seara Alimentos, e a de Chapecó, pertencente à Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop)
Para o presidente do Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina), José Antônio Ribas Júnior, a abertura do mercado de carne suína do Canadá para o Brasil reforça, mais uma vez, a qualidade e a aprovação internacional da cadeia produtiva catarinense da proteína animal.Ribas assinala que a habilitação para o novo mercado tem um efeito reputacional muito forte em razão do padrão de exigências das autoridades reguladoras e do consumidor canadense.
“Esse avanço é um atestado da nossa qualidade, da nossa reconhecida segurança sanitária e da competitividade do nosso produto, por isso deve ser festejado pelos produtores brasileiros, pelas agroindústrias e pelo governo”, manifesta o dirigente.Momento oportuno
A abertura é muito oportuna porque ocorre em um momento em que os custos de produção estão elevados e o mercado doméstico está retraído por conta da inflação, da taxa de desemprego e de outros fatores.O Canadá é um grande produtor e exportador de carne suína. Em 2021 foi o terceiro maior exportador, embarcando 1,5 milhão de toneladas para vários mercados. Apesar disso, também importa, anualmente, em média 250 mil toneladas.
As negociações entre exportadores e importadores dos dois países deve iniciar nos próximos dias. O presidente do Sindicarne acredita que produtos específicos serão criados para atender as peculiaridades do mercado canadense, como cortes nobres e linha premium.
O foco inicial das negociações deve incluir também barriga e costela, cortes muito apreciados por aquele país. A orientação é buscar uma conduta de complementariedade, atendendo lacunas eventualmente deixadas pelos produtores locais.
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