Grêmio e Flamengo se reencontram nesta quarta-feira (26), a partir das 21h30min na Arena, para um clássico na Copa do Brasil. A disputa, que se inicia nesta noite e terá seu desfecho no Maracanã, em 16 de agosto, será o nono confronto na história de 34 anos do torneio.
Uma rivalidade que abastece a história das duas camisas na competição. O Tricolor conquistou o título na primeira edição do torneio e chegou ao penta em 2016. O Rubro-Negro levou a taça no segundo ano da disputa e agora tenta igualar a marca gremista. Uma corrida que começou em vantagem para os gaúchos, mas que nos últimos anos virou a favor dos cariocas.
Grêmio e Flamengo são os clubes que mais vezes alcançaram as semifinais, com 16 participações cada. O retrospecto nos confrontos também terá um desempate em 2023. Cada time levou a melhor em quatro dos oito confrontos na história. E apesar do histórico recente ser de quatro classificações consecutivas dos cariocas, o Grêmio sempre avançou à final quando enfrentou o Flamengo na semifinal.
Dos 16 jogos entre as equipes pela Copa do Brasil, o Grêmio não venceu nos últimos 10. Um retrospecto negativo, mas que na avaliação dos jogadores do time atual diz pouco sobre o que acontecerá na Arena.
— Não adianta ganhar os últimos e perder o próximo. Não importa o rival. Entramos focado para fazer o máximo. E não importa o que acontecer no jogo que não iremos desistir — disse Kannemann em sua entrevista coletiva.
O zagueiro argentino minimizou o retrospecto ruim do sistema defensivo gremista nos últimos jogos contra o Flamengo. Além da goleada por 3 a 0 pelo Brasileirão deste ano, o Grêmio amarga uma sequência de outros placares elásticos favoráveis aos cariocas. A goleada por 4 a 0 da Copa do Brasil de 2021 e o 5 a 0 na semifinal da Libertadores de 2019 ainda estão bem frescos na memória da torcida. Mas Kannemann também minimizou o que ficou destas últimas partidas.
— Eles seguem tendo mais dinheiro. É bom o Grêmio estar em decisões. Vamos fazer o melhor, seguir as orientações do Renato e tentar fazer um bom jogo — resumiu o argentino.
Protagonista da classificação do Grêmio em 1993 com dois gols marcados na disputa, um na derrota por 4 a 3 no Maracanã e o decisivo na vitória por 1 a 0 no Olímpico, o ex-centroavante Gilson entende que esse tipo de confronto é decidido nos detalhes.
— Jogamos lá e perdemos de 4 a 3. Tínhamos o Dener, que era um jogador diferenciado. Erámos fortes no coletivo. E depois aqui, em uma noite muito fria, e conseguimos ganhar. Foi um jogo muito difícil, como acredito que será esse de amanhã (Quarta-feira) — comentou Gilson.
Atualmente trabalhando como técnico, o ex-centroavante alertou que é importante não entrar em campo afobado para aproveitar o fator local. A classificação passa mais pela regularidade nos dois enfrentamentos do que uma partida de exceção.
— Esse tipo de jogo de mata-mata é mais importante ter equilíbrio. Não se decide nada no primeiro jogo. É importante fazer valer o fator local. E o Grêmio tem feito isso. O Flamengo tem o melhor grupo da América do Sul, então mesmo com desfalques terá um time forte. Não adianta tentar decidir de uma vez. Precisa ter atenção — disse.
Responsável pela última vez que o Grêmio levou a melhor contra o Flamengo, mesmo que o jogo tenha terminado em empate em 2 a 2 na decisão da Copa do Brasil de 1997, Carlos Miguel vê muitas similaridades no confronto de 2023.
—Vou ser bem sincero. Tem muitas características que me lembram a final de 97. Flamengo é um time mais técnico, com muita qualidade. E o Grêmio tem muita pegada, com qualidade também, mas é um time que se sobressai na garra. Tem que competir muito pra igualar. E se fizer isso, tem boas chances de ganhar amanhã — aposta o ex-meia, e atualmente técnico do time sub-14 do Grêmio.
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