O inevitável encontro entre um treinador em início de trabalho e o tropeço aconteceu no terceiro jogo de Alexander Medina à frente do Inter. Com um time formado por reservas, o técnico uruguaio não conseguiu nada melhor do que um 0 a 0 contra o São Luiz, no 19 de Outubro. Foram poucos os momentos na noite desta quarta-feira (2) capazes de fazer, mesmo que por um instante, desaparecer o sentimento de que a partida pela terceira rodada do Gauchão tivesse o placar movimentado.
O técnico Alexander Medina manteve somente Mercado em relação ao time que venceu o União-FW, mas o argentino foi deslocado para a zaga em Ijuí. De resto, a nominata colorada foi toda diferente. A mudança radical fez D'Alessandro disputar sua primeira partida como titular nessa sua terceira passagem pelo clube.
O argentino deu alguns motivos a mais para o torcedor colorado sentir saudades após a sua aposentadoria. Há situações que não aparecem nos números das estatísticas, mas são relevantes. Aos 40 anos, o camisa 10 se apresentou para o jogo, recuou para construir as jogadas, distribuiu passes longos e levou o time à frente com toques curtos e rápidos. Apesar de ter mostrado toda sua técnica, foi insuficiente para que o placar se movimentasse nos 84 minutos em que esteve em campo.
Quando o time funcionou em uma rotação similar, a primeira grande chance surgiu. D'Alessandro, aos 18 minutos, inverteu o jogo e encontrou Paulo Victor avançando pela esquerda. O lateral tocou para trás. Livre nas redondezas da marca do pênalti, Mauricio isolou sobre o gol. 
Antes, o melhor que o Inter tinha produzido era uma cabeçada de Kaique Rocha para fora, após cobrança de escanteio, aos 11 minutos. Depois do desperdício de Mauricio, o melhor que surgiu foi uma cobrança de falta de Heitor. O goleiro Renan Rocha espalmou e, na sequência do lance, Matheus Cadorini arrematou torto. 
Nos lances de perigo do São Luiz, uma boa notícia para os colorados, mesmo que isso possa soar contraditório. Sem jogar pelo clube desde 2017, o goleiro Keiller mostrou agilidade, efetividade nas saídas pelo alto e segurança nos arremates. O primeiro logo aos 4 minutos, em chute Ariel. O atacante passou o primeiro tempo inteiro atordoando a vida de Heitor. Depois, aos 26, Keiller espalmou no canto falta cobrada por Jean Dias.
Com uma produção quase artesanal de lances de perigo, o Inter manteve nomes, mas mudou o posicionamento no segundo tempo. Improdutivo na etapa inicial, Lindoso deixou de fazer a saída de jogo junto com os zagueiros. Paulo Victor atuou mais espetado. As mudanças de Medina deixaram o seu time rondando por mais tempo a área do adversário. Caio Vidal foi para o lado direito de ataque. Mauricio, para o esquerdo.
Os ajustes não transformaram o Inter em uma equipe fabricante de chances de gol em doses industriais, mas foi o suficiente para afastar o São Luiz do gol de Keiller. Na outra metade do campo, a bola pipocou mais na área de Renan Rocha. Inoperante na metade inicial. Johnny roubou bola no ataque e chutou com perigo,aos 10 minutos.
Instantes depois, Mauricio perdeu outra oportunidade. Desta vez, o goleiro espalmou seu chute,após jogada iniciada por D'Alessandro e com assistência de Paulo Victor. Na cobrança de escanteio, o goleiro salvou o disparo de Caio Vidal. O São Luiz foi finalizar somente aos 30 minutos, com Lucas Carvalho.
Insatisfeito, Medina colocou jogadores mais ofensivo em suas primeiras trocas. Nicolas e Gustavo Maia entraram. Matheus Cadorini e Nicolas, entraram. Com as trocas, D'Alessandro passou a jogar mais recuado. 
Depois disso, no entanto, nada de relevante foi construído. D'Alessandro resistiu em campo até aos 39 minutos, quando o destino de um placar imóvel estava sacramentado.
Marin Schier e Conrado Bittencourt Berger.
Próximo jogo
Sábado, 5/2 - 16h30min
YPIRANGA X INTER
Colosso da Lagoa - Gauchão 4ª rodada