Com receita maior, governo de SC tem aprovação de contas sem ressalvas pela primeira vez.

As contas do ano anterior, 2020, foram aprovadas também por unanimidade, mas com cinco ressalvas e oito recomendações, o menor número dos últimos 18 anos.

Com receita maior, governo de SC tem aprovação de contas sem ressalvas pela primeira vez.
Julgamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) na tarde desta quarta-feira sobre as contas do governo de Santa Catarina em 2021 não surpreendeu, mas chamou a atenção pelo ineditismo. Pela primeira vez, as contas do governo do Estado foram aprovadas sem ressalvas porque todos os mínimos constitucionais foram cumpridos. A arrecadação 7,59% acima da esperada no ano foi decisiva, mas o governo vinha ajustando contas desde o início da gestão, por isso conseguiu investir o mínimo em educação excluindo os inativos, um desafio que gerava ressalvas do TCE todos os anos.
O Balanço Geral de 2021, com 3.300 páginas, foi entregue ao Tribunal em abril, com todas as demonstrações contábeis e explicações sobre o contexto econômico. Um dos destaques foi a informação sobre a receita geral do Estado. A previsão se arrecadação inicial em 2021 era de R$ 31,75 bilhões e, no encerramento do ano, alcançou R$ 34,16 bilhões, o que resultou em 7,59% a mais do que o montante estimado e uma alta de 1,29% em relação a 2020.
- Considerando que o exame das contas do Governo do Estado, relativos ao exercício de 2021, indica que o Balanço Geral do Estado representa adequadamente a posição orçamentária, financeira e patrimonial, emite-se parecer favorável pela aprovação - disse César Filomeno Fontes, relator conselheiro do TCE, no julgamento.
As contas do ano anterior, 2020, foram aprovadas também por unanimidade, mas com cinco ressalvas e oito recomendações, o menor número dos últimos 18 anos. Para 2021, o governo conseguiu fechar sem ressalvas, contando com recursos e também organização da gestão.
O governador Carlos Moisés participou da sessão de julgamento. Ele disse que esse resultado foi alcançado graças a um trabalho sério, com compromisso e equilíbrio, aplicando os recursos públicos em todas as áreas e em todas as regiões de SC. Também na sessão, o secretário da Fazenda, Paulo Eli, atribuiu a aprovação sem ressalvas ao planejamento da gestão, com metas e trajetórias, isto é, uma gestão de resultados.
A gestão de Moisés começou a ajustar contas para cumprir a exigência constitucional de investir 25% em educação excluindo os vencimentos dos inativos da pasta em 2019, mas só em 2021, com mais recursos, conseguiu atingir totalmente isso. A pasta de Educação recebeu R$ 7,53 bilhões no ano passado, acima dos 25% exigidos pela Constituição, excluindo inativos.
A área de saúde recebeu R$ 4,96 bilhões, 14,45% do total da receita estadual. A cifra também ficou acima dos 12% exigidos constitucionalmente. Esses acréscimos foram feitos com recursos estaduais porque não houve ajuda extra do governo federal, como o da lei complementar 173/2020 para enfrentamento da Covid.
Agora, o próximo passo do TCE será enviar as contas para a Assembleia Legislativa aprovar. Segundo o presidente do tribunal, Adircélio de Moraes Ferreira Junior, essa avaliação anual das contas do governo, com julgamento, é o processo mais importante da instituição.
 
 
 
Fonte: Estela Benetti/ DC
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