A caminhada do Inter por uma vaga direta à Libertadores encontrou uma pedra. O time de Diego Aguirre não resistiu ao atual campeão brasileiro e finalista da competição continental, Flamengo, no Beira-Rio, e perdeu por 2 a 1. Todos os gols saíram no alucinante primeiro tempo. Com o resultado, o Colorado dorme na sétima posição no Brasileirão, mas pode ser ultrapassado por Fluminense ou América-MG, que se enfrentam no Rio. Só permanecerá nessa colocação se houver empate no Maracanã.
No aquecimento, atletas colorados vestiram camisas pretas com os dizeres "Inter contra o racismo". Neste momento, Diego Aguirre havia confirmado a informação que circulava desde a manhã. Sem Yuri Alberto, a opção foi por improvisar Palacios como centroavante, deixando Matheus Cadorini no banco. No Flamengo, Renato escolheu o time mais forte possível, uma espécie de ensaio geral para a final da Libertadores, na semana que vem. Do provável time que atuará no Estádio Centenário, apenas Bruno Henrique e Arrascaeta ficaram de fora, com o uruguaio no banco.
A partida começou quente. Inflamado pela torcida, que tinha 100% do Beira-Rio à disposição, o Inter tentou se impor. Chegou à frente já nos minutos iniciais. E teve uma falta a seu favor pelo lado esquerdo, ao lado da área.
A torcida reagiu, o time idem. Mas concedeu espaço. E isso, para um time da qualidade do Flamengo é fatal. Aos oito minutos, uma troca de passes que envolveu Vitinho, Gabigol e Everton Ribeiro, que deu uma assistência brilhante para Andreas Pereira chegar de voleio e furar Marcelo Lomba. Antes dos 10 minutos, 2 a 0.
De novo, com uma montanha para escalar, o Inter voltou a atacar. E não diminuiu porque Diego Alves fez duas grandes defesas. Na primeira, um cruzamento de Moisés achou Saravia do outro lado. O argentino bateu de primeira, e o goleiro estava atento. Na segunda, já aos 21, foi Patrick quem cruzou rasteiro. Da marca do pênalti, Palacios bateu e desta vez um milagre do camisa 1 impediu o gol.
Quase o filme do primeiro gol se repetiu aos 30. Era uma falta para o Inter. Edenilson chutou e a barreira desviou para escanteio. Ele bateu mal, a defesa flameguista tirou e criou outro contra-ataque. Michael recebeu pela esquerda, perdeu tempo, mas conseguiu se recuperar e bater. Bruno Méndez se atirou na bola e salvou a conclusão.
Pois não é que o filme se repetiu mesmo, mas com outros atores? O Flamengo criou uma chance claríssima, que só não foi gol porque Marcelo Lomba fez grande defesa em chute de Gabigol. Escanteio para o Flamengo. Cobrança para a área, a zaga do Inter afasta e começa o contra-ataque. Palacios para Taison, Taison para Palacios e Palacios para Taison. O camisa 10, na frente de Diego Alves, deu um toquezinho de bico e descontou: 40 minutos, 2 a 1.
Aos 45, o 2 a 2 não saiu graças a David Luiz. Rodrigo Dourado fez um lançamento perfeito para Edenilson, que entrava na área. Ele desviou e Diego Alves salvou parcialmente. Palacios pegou o rebote e bateu, a defesa tirou e, no rebote, Patrick chutou. Em cima da linha, David Luiz estava atento e rebateu antes que cruzasse a linha.
O ritmo também permaneceu intenso. Desta vez, porém com as defesas mais atentas. As tentativas de parte a parte, ao menos nos minutos iniciais, encontraram mais resistência, marcação e faltas. Assim, as duas primeiras conclusões, uma de Michael (com desvio na defesa) e outra Taison foram apenas vantagens esporádicas e que não assustaram tanto assim.
O Flamengo fez sua parte para diminuir a intensidade. A cada vez que tinha a bola ou alguma infração para cobrar, demorava, fazia cera e aproveitava. Na base da posse, levou extremo perigo aos 17. O Inter não conseguiu afastar a bola na defesa, Vitinho pegou na entrada da área, bateu, a bola respingou em Cuesta e Lomba teve muito reflexo para salvar.
Aos 30, Aguirre fez três trocas: Cadorini, Mauricio e Heitor entraram nos lugares de Palacios, Dourado e Saravia.Renato respondeu com Arrascaeta, Rodinei e Matheuzinho. Kenedy já havia ingressado.
Aos 40, em um ataque pela direita, Rodinei cruzou para trás, Gabigol concluiu, Lomba fez grande defesa, só que o rebote sobrou para Kenedy, que fuzilou. O goleiro ainda conseguiu tocar na bola, mas não o suficiente. Gol. E não é que o VAR anulou? Gabigol estava impedido.
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