Com baixa procura, SC pode perder R$ 1,9 milhão em vacinas contra Covid-19 vencidas.

De acordo com o governo do Estado, a baixa procura por vacinas contra Covid-19 pode gerar perda do estoque.

Com baixa procura, SC pode perder R$ 1,9 milhão em vacinas contra Covid-19 vencidas.
Santa Catarina pode perder R$ 1,9 milhão em vacinas contra a Covid-19 por causa da baixa procura. O valor foi pesquisado a partir de dados do governo estadual e federal sobre a compra de vacinas.

De acordo com o portal da transparência federal, cada vacina foi comprada a R$ 36. Juntas, as 52.788 doses que vencem ainda neste mês de agosto somam o valor de R$ 1,9 milhão.

A Dive/SC (Diretoria de Vigilância Sanitária de Santa Catarina) foi procurada pelo ND+ e disse que não pode confirmar o valor, pois as vacinas são compradas pelo governo federal, e são eles os responsáveis pelo envio dos imunizantes.

Já o superintende do Ministério da Saúde em Santa Catarina, Sylvio Costa, diz que a compra não é feita por meio da Superintendência. A consulta a essa compra, por isso, estaria disponível por meio de portais de transparência.

Apesar do dado, o portal não especifica, por exemplo, quanto destas doses foram enviadas para Santa Catarina e se os valores tiveram alteração na aquisição dos produtos.

De toda a forma, há 52 mil doses prestes a vencer no Estado. Há ainda outras 2.650 doses que vencem em setembro e 9.320 que vencem em outubro.

A Dive atribuiu o vencimento à baixa procura no Estado, e destacou a importância da vacinação para o combate às mortes causadas pela doença.

“A procura pelas vacinas COVID-19 de forma geral teve uma queda. Com relação à vacina bivalente, por exemplo, cerca de 5 milhões de pessoas já poderiam ter tomado a dose de reforço com a bivalente, mas apenas 666 mil doses foram aplicadas até o momento”, escreve em nota a pasta.

Dados sigilosos sobre vacinas

Apesar dos valores pagos pelas doses estarem disponíveis, o número de doses em estoque do Ministério da Saúde seguem em sigilo. Isso porque em 2018, o então presidente Jair Bolsonaro colocou o estoque em sigilo por um período inicial de cinco anos.

Já em 2022 o Ministério da Saúde ampliou o prazo para data indefinida. Assim, as informações são protegidas por dois anos após serem produzidas.

Com isso, o sigilo impossibilita acesso público aos dados não só das vacinas contra Covid-19, mas de todas as vacinas, medicamentos e testes dentro e fora da validade e os valores gastos.

Em 17 de fevereiro deste ano a CGU (Corregedoria Geral da União) chegou a recomendar que o Ministério da Saúde derrubasse a decisão, mas a pasta ainda não cumpriu a medida.

Só para se ter uma ideia, jornais como UOL e Folha de São Paulo alegaram inúmeras vezes que já entraram com pedidos para consulta dos dados por meio da Lei de Acesso à Informação. Nenhum órgão da imprensa conseguiu os dados até hoje.

“Esclarece-se a impossibilidade de atendimento do pedido, uma vez que os dados do estoque e da movimentação do estoque de Insumos Estratégicos para Saúde sob guarda deste Departamento de Logística em Saúde (DLOG) são sigilosos, na classificação reservada”, disse o Ministério, em resposta à Folha.
 
 
 
 
Fonte: ND +
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