A paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia do coronavírus tem afetado a saúde financeira dos clubes. Dirigentes de Grêmio e Inter já deixaram claro que não pretendem fazer novas contratações ao longo de 2020 e que o objetivo é minimizar os prejuízos causados pela parada.
Por outro lado, o Atlético-MG tem utilizado o período sem jogos para reforçar o elenco comandado pelo técnico Jorge Sampaoli. Até o momento, foram contratados o zagueiro Bueno, os volante Léo Sena e Alan Franco, além dos atacantes Marrony e Keno. O que é melhor? Priorizar a busca por títulos ou a estabilidade financeira? Confira abaixo, a opinião de três colunistas de GaúchaZH.
Maurício Saraiva
"Não que busca por títulos e estabilidade financeira sejam excludentes, mas num ano tão fora da curva, Grêmio e Inter precisam priorizar sua sobrevivência para fazer frente às temporadas futuras. A nova normalidade chegará e é essencial que a dupla Gre-Nal esteja preparada para estes tempos. Então, perder jogadores para o mercado em nome de reforçar o caixa deve ser compreendido como inevitável. Se os dirigentes conseguirem equilibrar esta equação, não significará desistir do sucesso em campo. Trata-se de adaptação ao período mais excepcional que o futebol já viveu.”
Pedro Ernesto
"O ideal seria conseguir as duas coisas. Ganhar e se manter vivo financeiramente. Mas como nós temos uma situação excepcional, com os recursos sendo minorados, o mais importante, e eu concordo com o presidente do Grêmio Romildo Bolzan Jr., que externou isso, é sair vivo de 2020 e chegar em 2021 com alguma condição, sem debilidade, para que as coisas possam melhorar em relação a este ano, que podemos considerar, praticamente, como perdido para o futebol.”
Luciano Périco
"Na verdade, as duas coisas não são excludentes. A história tem mostrado que times milionários não são garantia absoluta de conquistas. Claro que, tendo mais qualidade técnica, fica mais fácil de atingir os objetivos de título. Não penso que seja o momento da dupla Gre-Nal cometer arroubos financeiros para contratar. Já será difícil manter as contas em dia. É hora da política de austeridade. Não correr riscos de inviabilizar os clubes no futuro. E se puder beliscar alguma conquista, ótimo. Grêmio e Inter mantêm equipes competitivas para seguir a temporada."
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