Caminhoneiros criticam valor de auxílio diesel e mantêm greve para 1º de novembro.
Bolsonaro anunciou benefício de R$ 400 para compensar o aumento do diesel, mas não detalhou como será o auxílio nem a origem dos recursos.
A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) criticou o valor de R$ 400 mensais do auxílio diesel prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciado na quinta-feira (21). Com isso, a categoria mantém a greve marcada para 1º de novembro.
“O caminhoneiro não quer esmola, quer dignidade. Para as petroleiras (dão) um trilhão, para o caminhoneiro humilhação”, disse o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer, segundo o Estadão.
O presidente do CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), Plínio Dias, também criticou a medida. “Nossa pauta é outra: é a sobrevivência da categoria, como estamos pedindo. O governo não poderá nos ajudar para sempre”, afirmou.
Bolsonaro anunciou que o benefício será voltado a 750 mil caminhoneiros autônomos, que receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. No entanto, o presidente não detalhou como será o auxílio nem a origem dos recursos.
O anúncio foi feito no evento de inauguração do Ramal do Agreste, em Sertânia (PE).
Do mesmo modo se posicionou a Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), por meio de nota, afirmando que a proposta do governo não é resolutido, sendo apenas mais uma promessa do governo.
O presidente da Abrava, Wallace Landim diz que a categoria não busca auxílio, mas a garantia de seus direitos.
“Não queremos esmolas. Buscamos estabilidade dos valores dos combustíveis. Com mudanças na política de preços da Petrobras. Assim como a aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição. Também queremos que a Lei nº 13.703/2008 do piso mínimo de frete seja cumprida. Mas, acima de tudo queremos respeito?, disse Landim.
Greve se mantém
A paralisação da categoria marcada para ocorrer no dia 1º de novembro se mantém. Na quinta-feira (21), em pelo menos seis Estados houve paralisações realizadas por tanqueiros (caminhoneiros que transportam combustíveis e outras mercadorias em caminhões tanque).
Apesar de não existirem bloqueios nas rodovias, dificuldades de abastecimento foram registradas em alguns postos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Bahia.
O governo federal marcou um encontro com as diversas lideranças dos tanqueiros na próxima terça-feira (26), o que fez a classe retornar ao trabalho ainda na noite de quinta.
O encontro ocorrerá com o ministro Tarcísio Freitas, da infraestrutura, para discutir o valor do diesel, bem como a política de preço da Petrobras. A informação foi confirmada ao Estadão pelo presidente do Sindiforça (Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro), Fabrício Cunha.
Fonte: ND mais - notícia do dia
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