Apesar de em menor volume do que no ano anterior, o Brasil deverá exportar uma grande quantidade de soja em 2024. A Consultoria Safras & Mercado atualizou suas projeções de oferta e demanda, revisando para cima a estimativa de exportações brasileiras. As exportações brasileiras de soja devem totalizar 96 milhões de toneladas em 2024, representando uma queda de 6% em relação às 101,86 milhões de toneladas exportadas em 2023. No relatório anterior, divulgado em março, a projeção era de 94 milhões de toneladas.
A Safras estima o esmagamento de 54,3 milhões de toneladas em 2024, um aumento em relação às 53,165 milhões de toneladas esmagadas em 2023. A previsão de esmagamento para 2024 se manteve inalterada desde março. A consultoria projeta a importação de 650 mil toneladas em 2024, um aumento significativo em relação às 181 mil toneladas importadas em 2023. A oferta total de soja deve recuar 4% em 2024, chegando a 156,54 milhões de toneladas. Safras projeta a demanda total de soja em 153,3 milhões de toneladas para 2024, representando uma queda de 4% em relação ao ano anterior. Consequentemente, os estoques finais devem apresentar queda de 30%, passando de 4,641 milhões para 3,237 milhões de toneladas.
Farelo e óleo de soja
Safras estima a produção de farelo de soja em 41,75 milhões de toneladas para 2024, mantendo-se o mesmo nível do ano anterior. As exportações devem cair 7% para 21 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 18,6 milhões, recuando 6%. Os estoques devem subir 147% para 3,62 milhões de toneladas. A produção de óleo de soja deverá crescer 1% para 10,96 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 1,3 milhão de toneladas, com queda de 44%. O consumo interno deve subir 12% para 9,65 milhões de toneladas. O uso para biodiesel deve aumentar 17% para 5,6 milhões de toneladas. A previsão é de estoques subindo 12% para 575 mil toneladas.
Mercado
No Brasil, a semana foi marcada por poucos negócios e dificuldade em definir preços. Enquanto o dólar subiu forte na semana, atingindo os maiores patamares em mais de um ano. Em contrapartida, os contratos futuros em Chicago tiveram a maior queda semanal desde agosto de 2023. Até o momento, a posição maio/24 acumula 3,3% de perdas em relação à semana anterior. O avanço do plantio nos Estados Unidos, a boa oferta de soja da América do Sul e a fraca demanda pela soja americana compuseram ao longo da semana um quadro negativo aos preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
Comentários