Atraso na reforma tributária pode dificultar recuperação em 2021, avalia economista.

Luiz Carlos Hauly assinala que o Brasil deveria trilhar o caminho do sistema tributário da OCDE, adotado por 170 países.

Atraso na reforma tributária pode dificultar recuperação em 2021, avalia economista.

A palavra imposto soa como um filme de terror na vida dos brasileiros. A alta carga de tributos, taxas e impostos em cascata diminuem a competitividade e o consumo no país. Neste cenário, o adiamento da Reforma Tributária é prejudicial para a nação. Depois da aprovação da Reforma da Previdência no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, com apoio maciço do Congresso, o mesmo não está ocorrendo com aquela que impactaria diretamente no bolso dos contribuintes e do setor produtivo. Com a tramitação empacada, os danos na economia são consideráveis. Os indicativos dão conta de que se houvesse um aperfeiçoamento nas diretrizes tributárias o crescimento em 2021 poderia ser bem superior ao projetado e chegar a 5%.

O economista e consultor, Luiz Carlos Hauly assinala que o Brasil deveria trilhar o caminho do sistema tributário da OCDE que é adotado por 170 países no mundo. “Imposto único na base renda e um imposto municipalizado na base de patrimônio, o Brasil não sai do lugar, estou falando em desenvolvimento econômico, crescimento do PIB e distribuição de renda. Então o modelo atual é equivocado, ele conspira contra a produção brasileira. Tudo que estamos vendo, hoje, no Brasil é resultado dessa má estruturação.”

Para ele, cada segundo é precioso e os governantes não podem mais perder tempo. “É chegada a hora de votar, nós estamos perdendo tempo. E a cada dia que perde, perde emprego, riquezas, salário, está indo embora pelos vãos dos dedos. O nosso sistema tributário é um manicõmio tributário, do ponto de vista jurídico, deixa todo mundo louco, é um Frankenstein funcional, todo cheio de remendos, e cresce como crina de rabo de cavalo”, comenta. A avaliação é que o Brasil perde ao menos R$ 19 trilhões por ano com a manutenção do atual sistema, sendo R$ 5 trilhões em renúncias fiscais; R$ 6 trilhões de sonegação; R$ 720 bilhões com custos de burocracia; e ainda a inadimplência, que somam outros R$ 7,9 trilhões. Sem a reforma, o entendimento é que as perspectivas de crescimento serão reduzidas a índices inferiores a 1%.

 

 
 
 
Fonte: Jovem Pan
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