A final dos sonhos da Copa América, com direito a público pela primeira vez na edição, terminou com um pesadelo para o Brasil e um devaneio para a Argentina. O time comandado por "Lioneis", Scaloni como técnico e Messi dentro de campo, venceu a Seleção Brasileira no Maracanã e voltou a ganhar um título após 28 anos de um amargo jejum. O único gol da partida foi marcado por Di Maria, após um erro individual de Renan Lodi ainda no primeiro tempo.
O Brasil começou com maior posse de bola num jogo trincado e de muitas paralisações. Contudo, com pouca efetividade coletiva e pouca criação ofensiva, era muito dependente da habilidade individual do elenco. A Argentina chegou com força ofensiva apenas aos 21 minutos, quando deu o primeiro chuta a gol. E a bola entrou após Di Maria aproveitar erro de Lodi. O adversário cresceu depois de abrir o marcador, guiado por sempre ele, Lionel Messi. Enquanto isso, a seleção perdia sua força.
A conversa no vestiário no intervalo surtiu efeito. O Brasil voltou mais disposto e aguerrido. Dominou grande parte das ações, mas não conseguiu o gol de empate. Mas não foi suficiente. O time de Tite acabou derrotado e encerrou sua saga de 13 jogos sem perder.
A maior rivalidade do futebol de seleções do mundo começou com intensidade e faltas, um prelúdio de que, quando as duas equipes entram em campo, há uma motivação diferente. Já primeiros segundos de partida, Everton Cebolinha arrancou pela direita e foi derrubado, mas a arbitragem nada marcou. Depois, foi a vez de Paquetá cair no meio do campo, levando o árbitro Esteban Ostojich a pedir calma ao Hermanos. E o primeiro cartão amarelo saiu aos dois minutos, para Fred, após chegada forte em Montiel.
Se o jogo era truncado, poucas chances foram construídas nos minutos inicias. O que se viu em campo foram duas equipes bastante estudas e pressionando a saída adversária. No entanto, o Brasil tinha melhor construção de primeira linha e pressão e se aproximava maior à área, principalmente pela esquerda. Aos 8, Brasil fez jogada ensaiada na lateral: Renan Lodi arremessou para Richarlison, que, de costas, serve a Neymar. Ele entra na área com a bola, mas perde o controle e é desarmado.
Como encontrava dificuldade nos passes curtos, o Brasil tentava a chance nos lançamentos longos. Aos 12, Richarlison recebeu bola longa, desviou de cabeça para Neymar, que, dentro da área, após o quique da bola, tenta o chute, mas foi travado por dois zagueiros. Na sequência, mais uma bola longa gera chance para o Brasil. Agora, o camisa 10 foi lançado na entrada da área, ajeitou com o peito para Richarlison, que chutou. Com desvio na defesa, quase pegou Martínez no pontapé, mas o goleiro se recuperou e fez a defesa.
Apesar de maior presença ofensiva, foi justamente em jogada longa que os argentinos abriram o marcador. Bastou um erro da marcação canarinha e um chute para balançar a rede no Maracanã: De Paul lançou para Di Maria, que contou com a desatenção de Renan Lodi, que não fez o corte, para sair frente a frente com Ederson. Por cobertura, o experiente camisa 11 abriu o placar para a Albiceleste.
Com um Messi aguerrido dentro de campo, buscado seu primeiro título pela seleção de seu país. O craque comandava o meio campo dos Hermanos, e viu seu time chegar perto de aumentar o placar. Aos 28, pela esquerda, Di Maria puxou contra-ataque, fazendo a bola rodar. Quando ela volta para ele pela direita, ela acha espaço e tenta o chute de esquerda, mas a bola parou na zaga.
O Brasil conseguiu uma boa chance aos 33 minutos, quando Neymar foi derrubado por Paredes, que acabou recebendo carão amarelado, na esquerda, lado pelo qual construía a maior parte das jogadas. O camisa 10 cobrou a falta na barreira, sem rebote. E era dos pés que saíam as principais ações da Seleção, que se mostrava muito dependente de jogadas individuas. Cebolinha, pela direita, pouco contribuiu. Quando recebeu dentro da área, aos 41, girou, conseguiu espaço para o chute, mas a bola é desviada pela defesa da Argentina.
Segunda parcial
Precisando virar o marcador para conquistar o bicampeonato da Copa América, a Seleção entrou mais acesa e disposta na segunda parcial. Neymar retornou chamando time e a responsabilidade. Pressionando, o Brasil se lançou ao ataque e com um esforçado Richarlison conseguiu gol de empate, mas a arbitragem anulou. Ele estava impedido no momento em que recebeu o passe de Paquetá.
A seleção canarinha seguiu criando, minuto após minuto. Em boa chance, Paquetá recebeu dentro da área, pela direita, e bateu com desvio na zaga. No rebote, Neymar, caiu em disputa com Montiel. Conforme o jogo se desenvolvia e Brasil crescia pala esquerda, o técnico Scaloni promoveu mudanças, retornado à escalação com a queal começou a Copa América. Tirou Paredes para dar vaga a Guido Rodríguez, e Lo Celso deixou o campo para Tagliafico, que reforçou a defesa pelo lado em deficiência.
Assim se desenho o segundo tempo, com a Albiceleste dando espaço para a Seleção jogar em seu campo defensivo. Tentava, aproveitar erros e segurar o placar. Quando conseguiu chegar, Messi recebeu de Di Maria, deu chapéu em Lodi e sofreu falta. Depois, sempre ele, deu passe para Guido Rodriguez, que finalizou mal de fora da área, aos 21 minutos.
Vinicius Jr. foi lançado no lugar do apagado Everton, que pouco fez na grande decisão. A troca deu mais cadência à seleção, com maios mobilidade pelos dois lados. Era também pelas duas extremas que os argentinos derrubavam os brasileros e vice-versa – Lodi, Paquetá e De Paul foram amarelados pelo árbitro uruguaio. Na casa dos 30 minutos, Tite mexeu no time novamente. Lodi e Paquetá foram substituídos por Emerson e Gabigol. Scaloni fechou as cinco mudanças com Pezzella, Palacios e Nicolás González.
Depois de Martínez fazer grande defesa em chute de Gabigol, Messi perdeu sua grande chance. Uma oportunidade que ele raramente erra. A Argentina desceu em contra-ataque fulminante puxado pelo camisa 10. ELe lançou De Paul que devolveu para o capitão. Cara a cara com o goleiro, deixou a bola escapar e perde grande chance.
Comentários